Jonatas Onofre – qui tolis, vulnere
Lançamento
2017
2018
Concebido e gravado entre 25 e 28 de Outubro de 2018, este novo trabalho de Jonatas Onofre atravessa a tensão e a incerteza dos dias anteriores ao segundo turno das eleições. Ali estão a dor e a vontade de ressurreição, o desespero e a necessidade da coragem. Compreendendo um repertório de canções recentes como Miudezas e Luz na luz (em parceria com Luann Ribeiro) a coisas anteriores, mas profundamente atuais, como Fóssil (primeira gravação de Jonatas interpretando uma canção de outro compositor contemporâneo, Carlos Nascimento, e que também foi gravada há cinco anos pela banda Projétil Kamikaze da qual Jonatas fez parte) e Beira Mar, cantiga dos povos ribeirinhos do Vale do Jequitinhonha – essa bem como a canção-título, Uirapitang e Igaraçu tocam de alguma maneira na questão indígena. Algo urgente nesses tempos de extermínio dos povos da mata. Há também uma canção sem palavras para Mestre “Moa do Katendê”, grande força da música baiana, que foi brutalmente assassinado após o primeiro turno das eleições. Em meio à dor ouve-se o “Acalanto” da terra (com letra de Thaynara Queiroz), o melancólico retorno de alguém à sua terra natal “Caaporã” e a vontade de continuar acreditando na possibilidade reacender a “cordilheira de sonhos que a noite apagou”. Toca-se em deus, em possibilidade de fé, em possibilidade de descrença. Um caminho repleto de perguntas. Uma tentativa de grito. Um alerta. Um chamado. Uma espera. Caaporã fecha o ciclo aberto com o disco Aparicíon e abre-se a um novo desatino que ainda não se sabe o que será…
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