1965
Os primeiros sons que povoaram a infância de Moacir Santos foram os da tradição cultural nordestina, o baião, o dobrado, o choro, o maracatu e o frevo, ouvidos e praticados nas bandas filarmônicas e jazz-bands do Alto Sertão pernambucano, as jézi. A partir da chegada do rádio no Sertão, nos anos 1930, Moacir começa a ouvir também gêneros orquestrais clássicos e populares. Desde criança, ele já demonstrava suas impressionantes habilidades como clarinetista e saxofonista, além de tocar todos os outros instrumentos da banda de música. No Recife, nos anos 1940, foi apresentado como “O saxofonista negro” no programa Vitrine, de Antônio Maria e José Renato, da Rádio Clube de Pernambuco. Foi também o efervescente ambiente do rádio que o acolheu no início de sua vida profissional, na Rádio Tabajara, na Paraíba, e depois no Rio de Janeiro, na Rádio Nacional, ainda na década de 1940. Ali, entre os grandes maestros arranjadores de ascendência europeia, como Radamés Gnattali e Lyrio Panicalli, Moacir Santos compreendeu que novas dimensões da música poderiam surgir para si próprio. Foi então que criou um sistema multidisciplinar para o aprendizado de harmonia, contraponto, orquestração, fuga e estilo, estudando simultaneamente com vários professores… Continue Lendo
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