Vinco – Sinestesia

Da infamiliaridade com composição de letras e a vontade de explorar ritmos e andamentos incomuns nasce a sonoridade da vinco, que se estrutura em seu primeiro lançamento oficial, o álbum “sinestesia”; repleto de ritmos, andamentos incomuns, elementos do rock progressivo e do jazz contemporâneo, entrelaçados em uma sonoridade lo-fi. Sinestesia foi pensado para acompanhar os momentos mais ordinários do dia-a-dia. Músicas como “tudo de última hora” e “horário de verão” deixam pré-estabelecida uma relação entre o espaço em que estamos inseridos e o tempo em que as coisas acontecem, na medida em que somos influenciados por todos os sentidos ativados durante essa trajetória. Essas sensações são traduzidas nos arranjos através das trocas de andamentos, e a complexidade dos ritmos e melodias, que são o carro chefe da banda. Apesar de ser difícil encontrar linearidade no desenvolvimento do álbum, algumas faixas se destacam pela ausência de regras e a aparição de elementos inusitados. As faixas “sinestesia”, “nócego” e “não sabe matemática básica”, são evidentemente uma grande performance de improviso, bastante frequentes na rotina de diversas bandas, e que não é diferente no caso da vinco. Os improvisos deram os primeiros sinais nas trocas de afinação durante os shows, e se tornaram extremamente presentes a ponto de se materializarem na versão final do álbum…          

Fonte: hominiscanidae.org