Pérolla – O Labirinto

A trilogia “O Labirinto” nasce da percepção da busca de uma saída do caos que chamam de vida e o entendimento de que toda resposta e porta para fora está dentro de cada um. Social e culturalmente falando, o olhar é condicionado à não observação de problemáticas, levando à busca no externo de coisas que somente no interno se encontram. O Labirinto leva à reflexão do eu como personagem central e não apenas um coadjuvante de suas próprias vidas. Como num labirinto, se não estiver atento aos caminhos, nunca irá encontrar a saída e quando o medo atravessar, dentro desse campo de solidão, precisará acalmar seu coração para não se perder. Fisiologicamente falando, ao se perder controle da respiração o cérebro não oxigena e o coração acelera, ocasionando tontura, falta de ar e uma possível perda de consciência, podendo levar à morte. O aprendizado de acalmar o próprio peito acelerado, faz com que haja uma retomada do controle do  ser, lembrando o propósito e motivo do existir e ser quem se é. O reconhecimento, dentre suas possibilidades, traz o entendimento de limitações, habilidades, potência e força. Pérolla é artista paulistana, ela/ele/elu, crescida na zona norte num lar cheio de musicalidade e arte, encontrou através das aulas de dança e participação em um grupo de coral de sua igreja, uma forma de expressar seus sentimentos e observações da vida à sua volta. Com sua voz deu movimento a seus textos sinestésicos e metafóricos, tocando seu público como uma chave que abre algo trancado…

Fonte: hominiscanidae.org