
O título da estreia discográfica de Maranda, “Tudo até agora”, resume o largo escopo musical da cantora e compositora carioca. Em nove das dez faixas, a artista apresenta canções autorais que trazem observações aguçadas sobre o vazio existencial, as reflexões e dúvidas da vida adulta e a experiência feminina em uma sociedade marcada pelo machismo. Mas sem jamais perder a ironia, o humor fino e a ternura, acentuados por seu amplo alcance vocal, marcado por um grave ao mesmo tempo cristalino e pungente. A música de abertura, “Cosmonauta”, mostra um pouco desse “tudo” que a cantora traz ao mundo, como a ficção científica e a sofisticação simples de Joni Mitchell. Com um violão de dedilhado intrincado que ecoa o folk californiano de Laurel Canyon dos anos 1960-70, Maranda se joga na Via Láctea, passa pelas cavernas de marte e, como aponta a letra, “viaja para chegar” a uma canção de amor que parece um filho sonoro entre Judee Sill e o Ziggy Stardust de David Bowie. Já o leve pop semi-eletrônico “Vendaval”, que não à toa remete ao trabalho de Marina Lima, aponta outra peça desse complexo mosaico musical, mas sem se distanciar dos questionamentos mais profundos, das ambiguidades da experiência humana. Enquanto a narradora “queria querer a brisa tranquila” em meio à tempestade, ela confessa, no final, sobre tambores, que o que ela quer é furacão…
Fonte: hominiscanidae.org





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