Twinpines – Beige

Faz muito tempo que os bons ouvidos andam saudosos. Velhos discos ainda rodam nas vitrolas. Velhas fitas. Velhos CDs. Pouca coisa nova traz aquele frio na espinha que costumava vir direto de Seattle ou de Manchester no final dos anos 80 e no começo dos 90. Os overdrives andam comportados demais e as novidades quase nunca são mesmo novas. Quando uma banda se diz original, surgem logo outras cinquenta iguais. Muitos já deixaram de frequentar shows por conta das decepções causadas pela repetição, pose e ingratidão do mundo da música. Interessante, porém, é observar que ainda há quem dance conforme a velha trilha sonora. Ainda existem bandas que se preocupam mais com a melodia do que com o cabelo. Ainda existem músicos que agitam no palco sem se preocupar com as fotos. Ainda existe o Big Muff. Ainda existe o feedback. Um grande desafio dos dias de hoje é juntar na música importantes qualidades: originalidade, competência e aqueles pequenos detalhes que arrepiavam nossa nuca pouco antes de chegar o refrão. A banda Twinpine(s), da zona norte de São Paulo, nada contra a maré desde 2003. (Continue lendo no ).          

Fonte: hominiscanidae.org