Sofia Freire – Garimpo

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O garimpo é encontrar, ao meio da dureza das rochas e a profundidade do solo, após horas de trabalho árduo e sujeito ao sofrimento, disponibilizando-se apenas de instrumentos rudimentares, algo tão valioso, brilhante e bonito como as pedras preciosas. Assim como o garimpeiro meticulosamente seleciona o ouro e outros minerais preciosos brutos, Sofia Freire garimpou diversos poemas escritos pelo seu pai nas décadas de 70-80 e outros mais recentes também escritos por ele, sua irmã Clarice Freire e outros amigos poetas como José Juva e Alberto Lins Caldas, para mais tarde virarem músicas por ela compostas. Porém, à medida que foi juntando os poemas, percebeu que todos eles tinham algo de especial em comum e que deram as características temáticas principais das suas músicas: a efemeridade da nossa existência, o “carpe diem”, a alegria e a tristeza que tanto parecem se contrapor, mas que para o sonhador, inevitavelmente sempre andam de mãos dadas pois uma não existe sem a outra… Portanto, somos todos garimpeiros, extraímos do que nos é duro os sentimentos mais puros e que tornam nossas vidas mais valiosas…          

Fonte: hominiscanidae.org