Siba – Máquina de Fazer Festa
Lançamento
2025
A trajetória artística de Siba é um permanente ato de transtornar fronteiras estratificadas. Com o Mestre Ambrósio, com os maracatuzeiros da Fuloresta ou em sua carreira solo, o pernambucano vem invertendo os polos da cultura popular tradicional e da música pop, provocando um curto-circuito deslizante e desafiador. Binarismos como “tradição” e “vanguarda”, “folclore” e “moderno”, “artesanato” e “tecnologia” são desfeitos ao ponto em que não é possível nem mesmo falar sobre um “hibridismo estético”, porque tudo está intimamente emaranhado. Construindo o som de sua guitarra no caldeirão de sonoridades da música angolana e malinense, ele faz vibrar uma outra historiografia para o instrumento que definiu a música pop moderna. Já nas letras, embaralha formas da música pop com a métrica rigorosa da poesia do maracatu de baque solto. Nem antigo, nem moderno: Siba montou no lombo do tempo — e ele ficou redondin. Coruja Muda, novo e terceiro disco solo do músico, consolida essa trajetória com um lirismo refinado e adensamento do pensamento rítmico, tendo o coco como influência principal. Mas também engendra questionamentos fundamentais sobre a relação entre arte e política e o papel do artista… VIA
Fonte: hominiscanidae.org

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2012
Siba Veloso ficou conhecido pelo seu trabalho no Mestre Ambrósio,
Nascido na cidade cosmopolita do Recife, Siba Veloso, um dos criadores do grupo Mestre Ambrósio cresceu circulando entre esses dois mundos como partes distintas de uma coisa só.
A partir de seu primeiro encontro com as tradições da Mata Norte, iniciou uma longa história de aprendizado e colaboração, exercitando ao longo dos anos os fundamentos da arte da poesia rimada, tornando-se um dos principais mestres da nova geração da ciranda e do maracatu na atualidade.
Para este novo trabalho ele empreendeu uma manobra ousada.
Trocou a agitada São Paulo pela tranqüila Nazaré da Mata e passou a conviver com músicos como Biu Roque, Mané Roque, Cosme Antônio, Roberto Manoel, Dyogenes Santos, Galego, Zeca.
Para tanto, teve que se despir de costumes aprendidos na universidade e imergir na cultura dos novos companheiros.
Rolava o ano de 1995 quando Sérgio Veloso, de apelido Siba, vindo do Recife junto com seus cinco companheiros de Mestre Ambrósio, ajuntou as tralhas e chegou a São Paulo. Eles trouxeram no matulão um CD gravado lá mesmo, no estúdio do Conservatório Pernambucano de Música, e produzido por Lenine, Marcos Suzano e Denílson.
Feito rastilho de pólvora, aquele disco independente sacudiu a cabeça da moçada que se espremia para ver, ouvir e dançar com o grupo, que se apresentava semanalmente numa casa noturna de São Paulo.
No palco se destacava o moço de bigode que usava chapéu. Rabequeiro, violeiro, cantador, arranjador e compositor, aquele era o mesmo Siba de hoje. Ele que, quando perguntado, humildemente disse que tudo o que ali era tocado e cantado fluía naturalmente e, portanto, seria “apenas” fruto do desejo dele e de seus companheiros de revelar ao mundo as musicalidades do povo nordestino de Pernambuco. Como se tudo o que estava naquele primeiro CD fosse obra da natureza e esta privilegiasse igualmente a todos.
E o tempo seguiu. Chegou 2002. Siba ouviu seu mundo gritando a lhe chamar e correu para abraçá-lo. Pegou as tralhas, despediu-se dos companheiros do Mestre Ambrósio e voltou para a sua Nazaré da Mata. Abraçados, lá soltaram a voz e o verbo, e seu mundo de alegria pôs-se a cantar.
O moço que andava pelas ruas de sua terra, aquela que só os que nela pisam dela sabem, se deixou ainda mais impregnar por aquela música envolta em barro e poesia. Enquanto se preparava para saltos mais profundos, fazia-se mais poeta e melhor compositor. Nascia o cirandeiro de ofício e criador da banda Fuloresta, que logo gravou o CD Fuloresta do Samba.
E chega 2007. Siba e a Fuloresta criam Toda Vez Que Eu Dou Um Passo, O Mundo Sai do Lugar (Brazil Música). Para este novo trabalho ele amplia o naipe de metais da banda, que passa a contar com o trompete de Roberto Manoel, com a tuba de André Tubista, com o trombone de Galego do Trombone e com o sax-tenor de João Minuto. Nesse time estão centradas a beleza e a sabedoria do álbum. Siba escreve arranjos que ele, se ainda movido por aquela extrema humildade, talvez considere fruto “apenas” de sua observação curiosa. Ora, as orquestrações são espetaculares, prenhas de contrapontos e harmonias feitas sob medida para melodias que soam por caminhos insuspeitados.
Além dos sopros, com ênfase para os solos de trompete e de tuba, há bombos e tarois segurando o ritmo que seduz e chacoalha os sentidos de quem o escuta. Biu Roque e Cosmo Antonio (tarol, bombo e voz), Mané Roque (mineiro e voz) e Zeca (póica) completam o Fuloresta e acentuam a pisada – ora do coco, ora da ciranda, ora do frevo. Música!
Assim como os arranjos, chamam atenção os versos criados por Siba. Extremamente poéticos e bem-humorados, a força da música nordestina está no canto que vem da garganta deste também bom cantor.





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