
2018
O amor declarado, sem qualquer adorno, ironia ou subterfĂșgio. Apenas a confissĂŁo de um poeta Ă sua musa. A canção em estado puro, entoada com a dicção e na intensidade dos pensamentos. Sem maquiagem. Em tempos de coletivos, tribos, bandeiras, ativismos e todo tipo de interferĂȘncias culturais ditando normas, modelos e tendĂȘncias nas produçÔes fonogrĂĄficas, chega-se cada vez mais Ă conclusĂŁo que, muitas vezes, o que menos importa em uma canção Ă© ela prĂłpria, nas articulaçÔes semiĂłticas melodia/letra, e forma/conteĂșdo. Nesse contexto, surge Registro, o mais recente e autobiogrĂĄfico ĂĄlbum de SĂ©rgio Ramalho; uma espĂ©cie de cavaleiro lĂrico solitĂĄrio. SĂ©rgio Ă© um compositor Ă moda antiga, no bom sentido. Meticuloso, ele registra, hĂĄ dĂ©cadas, suas cançÔes manuscritas em ordem cronolĂłgica em um velho caderno. Nele estĂŁo contidas centenas de pĂ©rolas, algumas jĂĄ gravadas em Como um Filme Antigo, seu primeiro ĂĄlbum autoral (1998), a maioria ainda inĂ©dita para o pĂșblico. Deste manancial, o compositor garimpou 10 faixas que, em conjunto, sintetizam sua versatilidade rĂtmica e de gĂȘneros. DiscĂpulo de Caetano, Gil e, por consequĂȘncia, JoĂŁo Gilberto, Ramalho Ă© um mestre da economia sonora. Nenhuma nota a mais que o estritamente necessĂĄrio. Nenhuma palavra mais erudita do que a simplicidade elaborada da linguagem dos pensamentos. O canto suave, sem excessos; mas nĂŁo um canto frio. O canto como uma espĂ©cie de confissĂŁo interior, ainda na esfera dos pensamentos. O violĂŁo, na mesma direção, constrĂłi linhas e progressĂ”es harmĂŽnicas sofisticadas, mas nĂŁo pedantes ou complicadas. O toque suave e preciso da mĂŁo direita, como se o prĂłprio violĂŁo se expressasse sozinho, sem ajuda. Assim Ă© SĂ©rgio Ramalho em seu ĂĄlbum Registro, prĂ©-gestado em um home estĂșdio em Belo Horizonte e agora produzido em condiçÔes profissionais em BrasĂlia, com a competente e precisa direção musical de Luis Ianinni, que ainda gravou, mixou e tambĂ©m assumiu a bateria, percussĂ”es e teclados/sintetizadores/samplers. O disco conta ainda com a participação especial dos mĂșsicos Oswaldo Amorim (baixo acĂșstico e fretless), Marcinho Silva (pianos), Marcel Carvalho (guitarra semi-acĂșstica), Junior Ferreira (acordeom), Lucimary do Valle (violoncelo), e Bruno Ramalho (trompete). Um registro de que ainda hĂĄ algo de autĂȘntico e genuĂno sendo criado por aĂ…Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â
Fonte: hominiscanidae.org





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