Rio Sem Nome – Rio Sem Nome
Lançamento
2016
2017
“As ultimas semanas me fizeram pensar muito sobre a morte. O moinho que gira nossas vidas inteiras, e que nos recusamos a ouvir… O que é que realmente tememos nela? O que é que odiamos tanto, que inspira em nós tanto medo e que conhecemos tão pouco? Os xamãs e os pajés são vistos como aqueles que transitam entre os dois mundos: o dos vivos e o dos mortos. A existência como viagem; partida e chegada. Mas se nós, do lado de cá, temos tanto medo de partir, como chegar a algum lugar? Vivemos hoje num mundo só; inventamos portos seguros, casas. Mas a vida é ir e deixar ir. O Rio Sem Nome nasceu numa viagem. Ele nasceu da morte, cantando a morte. Talvez por isso a música ainda seja uma das nossas formas preferidas de lidar com o morrer e as despedidas: porque cantar na morte é deixar-se aproximar dela. E precisamos nos aproximar da morte, como de um ancião de muito respeito e sabedoria. Cantar, como viajar, é morrer um pouco. Morte é Movimento. E a arte de viver também é a arte de saber morrer. O nome disso, de alguma forma, creio, é Nomadismo. O ser humano é um nômade por natureza. Cantamos o passado e o futuro; aquilo que já não podemos tocar e aquilo que ainda não podemos. Tudo chega cedo ou tarde demais. Foi abandonando a minha casa e a segurança que eu aprendi a não ter tanto medo do movimento das coisas; e foi assim que aprendi a viver. Canções Nômades é um pleonasmo: porque cantar é abraçar a morte dentro da vida, a vida dentro da morte. Por isso as canções nos acalmam no luto. Hoje é meu aniversário. Completo 23 anos. Aos 4, me lembro que pela primeira vez chorei com a percepção da morte. Ela anda de mãos dadas, com o movimento e com a vida. Decidi me dar de presente o nascimento desse disco, em dias de tantos lutos e movimentos tão intensos. Peço que esse seja o meu presente: que cantemos mais para os nossos amores, ainda que seja sobre o movimento, sobre tudo que vai e que parte. É isso que peço, é isso que ofereço. Cantem para os seus amores e movam-se, sem medo de existir”.
Fonte: hominiscanidae.org

2016





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