Quartabê – Repescagem
Lançamento
2024
2018
Dorival Caymmi (1914 – 2008) talvez seja um dos personagens mais significativos e, consequentemente, regravados da nossa música. De veteranos como Gal Costa, que em 1976 lançou o ótimo Gal Canta Caymmi, apenas com versões para o trabalho do músico de Salvador, passando por obras recentes, caso do primeiro álbum de Alice Caymmi, neta do cantor e compositor baiano, sobram registros, canções e experimentos pontuais que adaptam de forma inteligente o trabalho do artista nascido no início do século passado. Um sem número de obras que encontram no oceano poético de Caymmi uma fonte inesgotável de inspiração. Exemplo disso está na composição atmosférica que rege o delicado Lição #2: Dorival (2018, Risco). Segundo e mais recente álbum de estúdio do grupo paulistano Quartabê, projeto composto por Joana Queiroz (saxofone tenor, clarinete e clarone), Maria Beraldo (clarinete e clarone), Mariá Portugal (bateria) e Rafael Montorfano (piano e teclados), o trabalho de nove faixas busca refúgio na obra do músico baiano, porém, dentro de uma linguagem torta, semi-jazzística e guiada pela doce experimentação. Pinceladas instrumentais e poéticas que transportam o universo de Caymmi para um novo ambiente criativo… VIA
Fonte: hominiscanidae.org

2024
A banda Quartabê – atualmente formada por Joana Queiroz (sax tenor, clarinete e clarone), Maria Beraldo (sax tenor, clarinete e clarone), Mariá Portugal (bateria e MPC) e Chicão (piano e teclado) – acaba de voltar de uma turnê pela Europa onde apresentou suas releituras contemporâneas para composições instrumentais e canções do repertório do mestre Moacir Santos (1926-2006). Agora, o quarteto sobe ao palco do Auditório, em um show que conta com a participação da cantora Juçara Marçal, para mostrar essas mesmas composições – presentes no disco Lição #1: Moacir Santos (2015) e no EP Depê (2017) –, além de algumas surpresas.
“Tocamos na Espanha (Madri), em Portugal (Porto e Coimbra), na Áustria (Salzburg), na França (Toulouse e Marciac) e na Alemanha (Berlim)”, conta Chicão, pianista da banda. “Ficamos impressionados com a recepção do público e a quantidade de pessoas. Acho que a cidade que mais nos surpreendeu foi Berlim [a banda tocou no A-Trane, tradicional casa de jazz, e no bar Barkett]”, diz. “Percebíamos que as pessoas estavam realmente dentro do som, conosco, entendendo os nossos arranjos mais loucos e vibrando a cada nota.”
O repertório do show traz, entre outras composições, “Maracatu Nação do Amor”, “Jequié”, “Coisa #5” e “Coisa #8”, em versões que transitam por diferentes sonoridades e referências musicais que vão do jazz ao afrobeat, passando pela eletrônica e pelo choro. “Essa turnê pela Europa trouxe uma inesperada surpresa”, acrescenta Chicão. “Conhecemos o baterista Tony Allen, inventor do afrobeat, e viramos amigos. Usamos um tema dele quando gravamos “Coisa #8” em nosso primeiro disco”.
Ainda de acordo com o pianista, a apresentação no Auditório será a segunda que a banda faz em São Paulo com a formação de quarteto. Originalmente, a Quartabê era um quinteto, composto dos quatro músicos mais a baixista Ana Karina Sebastião – que deixou o grupo este ano, após a gravação de Depê. “Será maravilhoso mostrar como estão as músicas, já que foi um desafio tocar nossos arranjos sem baixista”, fala o pianista. “Dividimos essa função entre todos os integrantes. Ora a Joana e a Maria faziam o baixo no clarone, ora eu no synth bass, ora a Mariá na MPC”, explica. “Os novos arranjos estão muito quentes e a música está ‘redondinha’. Também vamos mostrar um arranjo spoiler do nosso próximo professor: Dorival Caymmi.”
A Quartabê surgiu em 2014, a partir da banda Claras e Crocodilos (que se apresentava com Arrigo Barnabê), a convite da curadora do Festival Moacir Santos, Andrea Ernest Dias. “O projeto Claras e Crocodilos fez uma brilhante temporada na Audio Rebel [loja e espaço para shows, no Rio de Janeiro]. “A Andrea foi nos ver e, logo depois do concerto, surgiu o convite para as quatro meninas do grupo [Mariá Portugal, Maria Beraldo, Joana Queiroz e Ana Karina Sebastião] montarem um show só com músicas do Moacir. Mas um show que não fosse uma releitura clássica do maestro”, conta Chicão. “Faltava, no entanto, um instrumento harmônico – o piano. Então, fui convidado. Depois que fizemos o espetáculo de estreia, percebemos que tínhamos um belo material na mão e decidimos prosseguir. Desde então, viramos uma família.”
Sobre as diversas sonoridades e referências musicais utilizadas pela banda em suas releituras para a obra de Moacir Santos, Chicão conta que elas vêm das múltiplas bagagens de seus integrantes. “Nosso ponto de partida para fazer um arranjo é testar todas as ideias que surgirem”, diz. “No começo era bem difícil achar esse “ponto de anarquia”. Mas agora, com três anos de banda, chegamos a um raro entendimento entre nós, e as ideias e decisões fluem tranquilas”, explica. “Somos completamente sem preconceitos musicais. Qualquer “estilo” pode ser parte do arranjo. Então, vamos tendo as ideias mais malucas e sempre as testamos.”
A respeito da participação de Juçara Marçal no espetáculo e da relação da banda com a artista, Chicão conta que todos são fãs de seus trabalhos, tanto no grupo Metá Metá, quanto no Sambas do Absurdo (projeto da cantora em parceria com Rodrigo Campos e Gui Amabis). “A Juçara já participou de um show nosso muito importante, de comemoração de um ano da banda”, conta. “A Mariá também faz sub do Serginho Machado no Metá Metá. Então, tocam juntas algumas vezes”, explica. “Para esse show, faremos duas músicas do repertório da Juçara e ela cantará uma ou duas músicas do nosso repertório.”





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