2014
Não se engane: atenção ao dobrar essa esquina. Este que você tem em mãos- ou no ouvido- é apenas um dos traços que compõem a figura do Max Henrique. Esse fantoche simpático (feito pelo artista plástico José Armando Filho) na capa do disco é também apenas outra linha biográfica, do Max artista plástico e visual; designer gráfico; pesquisador acadêmico voltado para o mundo das imagens. Os traços de Max trançam em diversas mídias, espaços, territórios: toda mão é nó, como ele canta na linda “Até Agora Nada”. Assim ele se espalha em projetos musicais, como o eletro Miniluv, até tensionamentos de design gráfico, deliciosamente bem tratados em seus muitos videoclipes. Portanto, seu próprio nome nos faz suspeitar, Max são muitos, como pede a etiqueta do mundo contemporâneo. É múltiplo, abarca muita coisa: Max se exercita, em boa parte de seus projetos, ao design do self, em imagem e ação, narração e representação, letra, tinta, música, vídeo. Tudo muito bom, tudo muito bem, estilhaços superbacanas. Mas, cá entre a gente, não adianta ser múltiplo se não for, bem, bom. Instigante, convidativo, como ele mesmo nos provoca/ pergunta: Bem vindos todos a essa nova trapaça? Mas “Traço”, seu disco de estréia, é longa linha feita em mão firme. Uma bela e necessária extensão de sua criatividade… VIA
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