Marina De La Riva – Ao Vivo Em São Paulo

Gosta do disco? Vote!

A banda tem japonês, cubano, pernambucano, baiano e paulista. O repertório mescla canções cubanas e brasileiras, com direito a habanera, bolero, marchinha, danzón, baião, canción de cuna, samba e rumba. O clima do acompanhamento é jazzy. Entre as participações especiais, a guitarra de Andreas Kisser e a bateria de maracatu de Pupillo. A cantora que dá liga a esse caldeirão de informações é Marina de la Riva, carioca, filha de pai cubano e mãe mineira… continue lendo

          

Fonte: hominiscanidae.org

Marina De La Riva

Marina de La Riva (Rio de Janeiro, RJ, 7 de abril de 1973) é uma cantora brasileira que mistura elementos da música cubana com elementos da música brasileira em suas canções. Seu primeiro disco, de nome homônimo ao da cantora, foi não só muito bem recebido pelo público, como também pela crítica. Por este primeiro álbum, conquistou o prêmio APCA de revelação feminina (categoria música popular) e foi indicada ao prêmio Tim de Música para disco de língua estrangeira (categoria especial).

Em 2012, Marina lançou seu segundo CD, “Idílio”, e dessa vez, o repertório inclui também músicas conhecidas do grande público, como uma versão de “Estúpido Cupido” e uma pungente interpretação de “Assum Preto”.

Marina nasceu no Rio de Janeiro. Apesar disso, viveu toda a sua infância e adolescência em Baixa Grande de Leopoldina, distrito de Campos dos Goytacazes, cidade do interior deste mesmo estado.

Sua ligação com Cuba não se restringe a uma mera questão de gosto musical: seu pai é um cubano exilado no Brasil (a mãe é de Araguari, Minas Gerais). O pai e os avôs de Marina foram para Miami quando da revolução cubana, em 1959. Como fugiram sem nada, contaram com a ajuda de amigos para refazerem a vida. Contudo, a fortuna não lhes foi complacente, e na época da colheita, chuvas devastaram toda a safra. Tal fato obrigou o avô de Marina a vender sua usina. Restava-lhe seguir para o Brasil (1964), onde possuía terras no interior do Rio de Janeiro, compradas ainda quando morava em Cuba.

Os pais de Marina, Fernando e Margarida, conheceram-se pouco depois no Rio de Janeiro. A mãe da cantora, apaixonada, deixou a capital e foi viver em Baixa Grande da Leopoldina. Pouco tempo depois, nasceu Marina, na cidade do Rio de Janeiro por uma questão de hospital, pois viveu em Baixada Grande da Leopoldina até os 21 anos, idade na qual se mudou para São Paulo. [1]

Na casa da artista, sempre houve cantoria: a sua família – além dos pais e irmãos, também tios e avós – se reunia freqüentemente para formar rodas de música, geralmente música cubana: “Na minha casa, a música era uma placenta que transferia alimento intelectual e emocional. Ouvíamos canções cubanas como forma de estancar uma dor ”[2]. Seu pai, por exemplo, já em Cuba mostrava grande apreço pela música brasileira (em especial, pela cantora Maysa), embora gostasse mesmo de cantar árias de óperas, operetas e canções tradicionais de sua terra natal.

Apesar da grande ligação com a música, Marina demorou a seguir esta carreira profissionalmente. Antes de se apresentar na noite paulista, chegou a criar búfalos e a se formar em Direito. No entanto, a cantora confessa que, durante as aulas deste curso, estava geralmente pensando em música: “sempre fui apaixonada por música(…), meu sonho não era ser cantora, mas viver embrulhada em música, imersa em música, em ser música”[3]. A certeza de que seria cantora só veio quando, num show do Grammy Latino de 2004, em Los Angeles, se emocionou ao assistir Bebo Valdés tocar piano.

Curiosamente, apesar de seu CD ser fundamentalmente marcado pela música da terra de sua família paterna, Marina começou cantando Jazz na noite, tendo integrado por dois anos o grupo Alta Fidelidade, banda que faz nu jazz eletrônico. Revela a cantora que o cancioneiro cubano se restringia à “varanda de casa”, (talvez, segundo a própria, não cantasse a música cubana, pois isto era algo muito íntimo a ela, que não era pra ser mostrado “fora de casa”), apesar de, ao final dos shows, a cantora ceder a pedidos de amigos e, assim, cantar boleros[4].

Em 2004, Marina entra em estúdio para finalmente gravar o seu CD. O álbum teve algumas músicas gravadas em Cuba, outras gravadas no Brasil, e contou com a participação de Davi Moraes e Chico Buarque. Após cerca de três anos em estúdio, em 25 de maio de 2007 chegou oficialmente às lojas “Marina de La Riva”. Contudo, a delonga e o cuidado com as gravações valeram a pena: o álbum teve boa vendagem [5], a cantora recebeu boas críticas e conquistou prêmios e indicações importantes no cenário artístico brasileiro (APCA e Prêmio TIM), além de ser proposta para figurar em listas de “o melhor de 2007” (Pedro Alexandre Sanches – Carta Capital, Sérgio Martins – crítico da Revista Veja [6], e Lauro Lisboa Garcia, do jornal O Estado de S. Paulo[7]). A revista Rolling Stone elegeu o álbum como o 16° melhor CD nacional de 2007[8], além de ter escolhido “Sonho Meu” como a 23ª melhor música nacional deste mesmo ano [9]. Ao final de abril de 2008, Marina participou do programa Som Brasil (Rede Globo) em homenagem a Lulu Santos, cantando as canções “Adivinha o quê”, “Condição” e “Certas Coisas”.

Marina já participou de shows com a Orquestra Imperial, Andreas Kisser, Davi Moraes, Michael Franti (no Festival Power to the Peaceful), Nina Becker, Flávio Venturini (show “Conexão Latina”) e com Clara Moreno e Maria Rita (no Baile de Gala da Vogue, em 2008).

Curiosidades Sobre o Primeiro CD “Marina de La Riva”

* A princípio, o CD contaria somente com músicas cubanas. No entanto, ao chegar em Cuba, a brasilidade falou mais alto e Marina optou por incluir músicas brasileiras no álbum.

* Embora Cuba tenha feito parte de sua vida desde que nasceu, a cantora viajou pela primeira vez para lá apenas em 2004, quando começou a gravar o álbum.

* Para o repertório do CD, Marina chegou a gravar 24 músicas. Sobre a escolha, disse que “colocava a voz e ficava ouvindo para ver se as músicas também me escolhiam. Quando vi que o sentimento era mútuo, a seleção começou a ser feita” [10].

* A gravadora não esperava o sucesso que a artista alcançou.

* Além da banda “Alta Fidelidade”, antes de partir para a carreira solo, foi vocalista de um grupo de rock. Marina estudou canto lírico.

* A família de Marina é bem musical. A sua mãe possui formação em piano; o pai gosta muito de cantar (óperas, principalmente), sendo tenor; e a irmã Angélica de La Riva é cantora lírica, tendo participado de várias óperas fora do Brasil.

* As músicas da terra de seu pai são anteriores à década de 50 do século XX (exceto por “Te amaré y Después”, que é próxima aos anos 70). Em cada uma delas, há um toque da música brasileira.

* Alguns ídolos e influências da artista: Nina Simone, Ella Fitzgerald, Carmen Miranda, Billie Holiday, Omara Portuondo, Chano Pozo, Maysa, Tom Jobim, Maria Bethânia, Cartola, Bola de Nieve, Bebo Valdés, Peggy Lee, Maria de Los Ángeles Santana, Chet Baker e Ernesto Lecuona.

* A parceria com Chico Buarque veio de uma forma um tanto quanto inusitada, graças a um amigo em comum de ambos os músicos. Tal amigo contatou o famoso cantor e compositor, que, após ouvir duas demos da cantora, aceitou prontamente o convite – a própria intérprete confessa que não esperava que Chico aceitasse. O problema foi a agenda lotada do músico, que não pode tão cedo concretizar a parceria. A gravação só veio a ocorrer seis meses depois: o próprio cantor ligou para Marina, a qual estava numa reunião, identificando-se somente como “Chico”. A artista revela que não reconheceu a voz dele, e que demorou a acreditar que não fosse um trote telefônico. A música escolhida foi “Ojos Malignos”, de Juan Pichardo Cambier, e é cantada em espanhol por ambos os músicos.

* Certa vez quando estava em Búzios, a família de Marina e mais alguns amigos faziam um sarau musical na varanda de sua casa. Eis que chega um vizinho para o pai de Marina, Fernando, dizendo que por causa deste, o convidado dele (do vizinho) havia se machucado. Não restava outra alternativa a Fernando senão pedir desculpas para o tal convidado, que, curioso, resolveu subir no muro para ver e ouvir o que estava acontecendo na casa ao lado. Nessa empreitada, o convidado acabou caindo e se machucando. O curioso em questão não era ninguém mais ninguém menos que o grande maestro Tom Jobim.

* Quando ainda criança, em 1981 foi ao show de Frank Sinatra em São Paulo. Logo que começou o show, Marina foi se aproximando do palco, até ficar bem pertinho dele. A menina pegou uma orquídea da mesa e ficou segurando e olhando para o cantor até que ele a viu e a chamou para subir ao palco. Emocionada, entregou a flor a Frank Sinatra e em troca ganhou um lenço que guarda até hoje.

* Marina cresceu ouvindo espanhol e português – uma formação bilíngüe, portanto. Conta ela que até hoje o seu avô, mesmo tendo vindo para o Brasil em 1964, não fala uma palavra de português, salvo o vocábulo “bonitinho” (carregada de sotaque espanhol, diga-se), que Marina sempre pedia para que ele falasse.

* A artista era chamada de “Mariposa” pela família (que significa borboleta, em espanhol).

* Quando Marina era adolescente ainda, tomou algumas aulas de violão e piano. Ao passo que sua irmã, que também tocava o primeiro instrumento citado, era tida como muito talentosa, a artista em questão ouviu de seu professor de violão que ela não tinha menor jeito para a coisa. Hoje, a irmã dela é uma executiva de banco, e Marina é que é música.

* Quando tinha 17 anos, tornou-se bubalinocultora (criadora de búfalos), tendo alcançado um certo nível de reconhecimento. Nessa época, alternava entre trabalhar na pecuária durante o dia, e manter um bar durante à noite, em Baixa Grande da Leopoldina.

Para ouvir melhor...

KZ Wired IEMs Fones De Ouvido, melhores fones De Ouvido, D-Fi, 4 Nível De Ajustes, inovador método preciso, monitor De Fone De Ouvido Dinâmico
KZ Wired IEMs Fones De Ouvido, melhores fones De Ouvido, D-Fi, 4 Nível De Ajustes, inovador método preciso, monitor De Fone De Ouvido Dinâmico
ZEALOT-Alto-falante Bluetooth sem fio poderoso, alça portátil, festa, acampamento, luz colorida RGB, S97, 80W
ZEALOT-Alto-falante Bluetooth sem fio poderoso, alça portátil, festa, acampamento, luz colorida RGB, S97, 80W
ZEALOT-Alto-falante Bluetooth Portátil de Alta Potência, IPX5 Impermeável, Baixo Estéreo 3D, TWS Boom Box, S51PRO, 40W
ZEALOT-Alto-falante Bluetooth Portátil de Alta Potência, IPX5 Impermeável, Baixo Estéreo 3D, TWS Boom Box, S51PRO, 40W
Soundcore by Anker Motion + Wireless HiFi caixa de som bluetooth portátil, 30W de som de alta resolução, Bass e Treble estendido
Soundcore by Anker Motion + Wireless HiFi caixa de som bluetooth portátil, 30W de som de alta resolução, Bass e Treble estendido

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *


Veja também

Para ouvir melhor...

KZ-PR3 Planar Motorista IEM Fones De Ouvido Com Fio, Auscultadores De Música, HiFi Bass Monitor Earbuds, Esporte Headset para Audiófilos, 13,2mm
KZ-PR3 Planar Motorista IEM Fones De Ouvido Com Fio, Auscultadores De Música, HiFi Bass Monitor Earbuds, Esporte Headset para Audiófilos, 13,2mm
Kz zs10 pro x de alta fidelidade graves de metal híbrido em-orelha fone de ouvido com cancelamento de uso
Kz zs10 pro x de alta fidelidade graves de metal híbrido em-orelha fone de ouvido com cancelamento de uso
Edifier Neobuds Pro 2 -50dB Ativo Cancelamento de Ruído Auriculares, TWS Bluetooth, LDAC Hi-Res Audio, 8-Mic ENC, Estreia Mundial
Edifier Neobuds Pro 2 -50dB Ativo Cancelamento de Ruído Auriculares, TWS Bluetooth, LDAC Hi-Res Audio, 8-Mic ENC, Estreia Mundial
Tronsmart-Mega Coluna Bluetooth Portátil com Controlo Touch, Soundbar, Suporte Assistente de Voz, NFC,MicroSD, 40W
Tronsmart-Mega Coluna Bluetooth Portátil com Controlo Touch, Soundbar, Suporte Assistente de Voz, NFC,MicroSD, 40W
ZEALOT-Alto-falante Bluetooth sem fio poderoso, alça portátil, festa, acampamento, luz colorida RGB, S97, 80W
ZEALOT-Alto-falante Bluetooth sem fio poderoso, alça portátil, festa, acampamento, luz colorida RGB, S97, 80W
Soundcore by Anker, Soundcore 2 caixa de som bluetooth portátil, Better Bass, bluetooth com 20 metros de alcance, IPX7 à prova d’água, 24 horas de som sem recarregar
Soundcore by Anker, Soundcore 2 caixa de som bluetooth portátil, Better Bass, bluetooth com 20 metros de alcance, IPX7 à prova d’água, 24 horas de som sem recarregar
Mpow-Active Cancelamento de Ruído Auscultadores, Bluetooth V5.0, dobrável sem fio Headset, CVC 8.0, Mic 30hrs jogando, carga rápida, H19 IPO
Mpow-Active Cancelamento de Ruído Auscultadores, Bluetooth V5.0, dobrável sem fio Headset, CVC 8.0, Mic 30hrs jogando, carga rápida, H19 IPO
Tronsmart caixa de som bluetooth Bang Max, Sistema de Som de 3 Vias, Controlo APP, Entrada Microfone para Guitarra, Mais de 100 Colunas, 130W
Tronsmart caixa de som bluetooth Bang Max, Sistema de Som de 3 Vias, Controlo APP, Entrada Microfone para Guitarra, Mais de 100 Colunas, 130W

Tags

A banda de Joseph Tourton Abdala A Espetacular Charanga do França Againe Ajax Free Alafia Albertinho dos Reys Amandinho Amnese Amplexos Andre Abujamra Aparelhagem Malk Espanca Arthur Autoramas BaianaSystem Barbara Eugênia Barulhista Bemônio Bike Billy Ponzio Bixiga 70 Black Drawing Chalks Bodes Elefantes Bonifrate Boogarins Borealis Bratislava bruxa do mangue Cadu Tenório Calistoga Camarones Orquestra Guitarristica Cap'n Jazz Cesrv Ceticências Chankas Chinese Cookie Poets Cidadão Instigado Ciranda Colligere Constantina Crasso Sinestésico Criolo Cássio Figueiredo Cícero Dance of Days Dark Dead Fish Deaf Kids Devotos Diagonal Diomedes Chinaski DJ MixXxuruca Djonga Do Amor Dorgas dramón Dudu Foxx Eddie Elma Emicida Explosions In The Sky Facada Facção Central FBC Febem Felipe Neiva Fernando Motta Festival Marthe Fossil Frevo Fábio Emecê Gal Costa Garage Fuzz George Christian Giallos Giancarlo Rufatto Gigante Animal Giovani Cidreira Giovanna Moraes God Pussy Graxa Grind Grupo Porco de Grindcore Interpretativo GRUTA Guerrinha Guizado Hard Rock Herod Layne Hierofante Púrpura Holger Hurtmold Jair Naves Jan Felipe jards macalé Jennifer Lo-Fi Jonathan Tadeu João Cassiano Juvenil Silva Juçara Marçal Karina Buhr Kassin Kiko Dinucci Kovtun Labirinto La Carne Lestics Liniker Los Hermanos Lucas Santtana Ludovic Lupe de Lupe Lê Almeida Lô Borges M. Takara Macaco Bong Madame Rrose Sélavy Marco Nalesso Marimbondo Mario The Alencar Matheus Mota Matéria Prima Milton Nascimento Mombojó Muep Etmo Mukeka di Rato Mundo Livre S/A Móveis Coloniais de Acaju Nabru Nação Zumbi Negro Leo niLL Nosso Querido Figueiredo Noção de Nada Obasquiat Objeto Amarelo Original Olinda Style Parteum Polara Psilosamples Quinto Andar Racionais Mc's Rael Rakta Rashid Ratos de Porão Resp Rico Dalasam Rieg Rob Mazurek Rogério Skylab Romulo Fróes Ruido/Milimetro Satanique Samba Trio Screamo Sentidor Siba Sick Terror Silva Sin Ayuda sludge Sobre a Máquina Sp Underground Stela Campos Street Bulldogs Tatá Aeroplano Tentrio Test The Baggios The Cigarettes Thelmo Cristovam Thiago França Thiago Miazzo This Lonely Crowd Tuyo Udr umnavio Vhoor Victim Victor Toscano Vinolimbo Violins Vitor Brauer Wado Wagner Almeida Wallace Costa Walverdes Wry Zander Zeca Viana Zé Manoel
Utilizamos cookies para melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com a nossa Política de Privacidade.