Marcos Valle – Cinzento
Lançamento
2020
Marcos Valle é um dos mestres da Bossa Nova, mas ele nunca foi “apenas” isso. Sua carreira nos anos 1970 sofreu uma mutação estética e incorporou elementos da música pop americana, especialmente do AOR e do funk e tornou-se algo único dentro dos parâmetros brasileiros. Sendo assim, Marcos pode contar, por exemplo, com “Samba de Verão” e “Estrelar” em seu currículo, dois hits impressionantes e muito, muito diferentes entre si. Sendo assim, Valle é muitos ao mesmo tempo e “Sempre” é um disco que privilegia largamente esse artista com musicalidade funky, jazzy e, ao mesmo tempo, extremamente brasileira/carioca. É uma festa para admiradores de sua fluência como músico e como arranjador/produtor. Também funciona como uma espécie de ensaio sobre um Rio de Janeiro harmonioso e pós-Bossa Nova, que, infelizmente, nunca existiu.Entrevistei Marcos Valle há pouco tempo (leia aqui) e ele disse que não tinha medo de remixes, versões alternativas e demais itens da cultura da pop music pós-anos 1970. “Sempre” é um disco perfeito para este tipo de abordagem, tanto que Valle já oferece as versões instrumentais de duas faixas – “Alma” e “Minha Romã” – lá no fim do tracklist, mostrando que o renascimento experimentado por ele nos anos 1990, via cena acid funk londrina, é uma parte importantíssima de sua carreira, talvez mesmo uma nova mutação estética. Não espanta que o selo Far Out Records, responsável direto por isso, esteja novamente assinando o lançamento no exterior. Com Valle está um representante de outro renascido do período, o grupo tijucano Azymuth, cujo baixista, Alex Malheiros, o acompanha em “Sempre” e, junto com gente como Armando Marçal, Jesse Sadock e o co- produtor Daniel Maunick, fornece a base jazz/funk necessária para que as faixas soem como verdadeiros colossos de groove. É uma festa para os ouvidos… VIA
Fonte: hominiscanidae.org

2020

1969
Nascido no Rio de Janeiro, estudou piano clássico e teoria musical na infância, e mais tarde violão. Começou a freqüentar os bares e casas noturnas que davam espaço para grupos de jazz e jam sessions e formou em 1961 um conjunto com Edu Lobo e Dori Caymmi que chegou a se apresentar algumas vezes. Com seu irmão Paulo Sergio Valle compôs músicas de sucesso e em 1964 lançou o LP “Samba Demais”.
No ano seguinte foi para os Estados Unidos, onde Walter Wanderley gravou “Samba de Verão”, com grande êxito. “Preciso Aprender a Ser Só” e “Terra de Ninguém” são outros destaques dessa época, junto com “Samba de Maria”, “O Amor É Chama”, “Viola Enluarada” (gravada em duo com Milton Nascimento), “Dia de Vitória”, “Gente”, “Seu Encanto” e “Ao Amigo Tom”.
Nos anos 70 aproximou-se mais do pop e do soul. Em seguida, compondo trilhas de novelas, sua enorme lista de sucessos passou a incluir ainda “Quarentão Simpático”, “Com Mais de Trinta”, “Mustang Cor de Sangue”, “Os Grilos”, “Freio Aerodinâmico”, “Que Bandeira”, “Black Is Beautiful”, “O Cafona”, “Não Tem Nada Não”.
Nos Estados Unidos, trabalhou com Airto Moreira. Na década de 80 deu uma guinada mais pop e teve alguns sucessos como “Bicicleta”. Marcos Valle foi um compositor da chamada “segunda geração” da bossa nova.
Seu estilo suingado e dançante, apoiado em grooves inovadores, adaptou-se à demanda das pistas de dança européias, onde foi relançado com muito sucesso na década de 90, no meio da febre do drum’n’bass, criando um novo estilo, o drum’n’bossa. Seus discos foram relançados e outros foram gravados, especialmente pela gravadora londrina Far Out Records.
O reconhecimento de Marcos Valle é notório não só velho continente. Graças ao seu sucesso, ele tem excursionado também pelos Estados Unidos e Japão. Em 2004, a cantora Emma Bunton, ex-integrante das Spice Girls, gravou uma composição do brasileiro em seu álbum “Free Me”. A música “Crickets Sing for Anamaria”, é uma versão em inglês de “Os Grilos”, escrita pelo compositor, em 1967. A gravação foi considerada pelos críticos britânicos como um dos destaques do CD da cantora.
Em 2005, o compositor lançou “Jet-Samba”. Gravado no Rio de Janeiro, o disco de drum´n´bossa tem como destaques as canções “Selva de Pedra”, “Campina Grande” e “Esperando o Messias”. O êxito de Jet-Samba” junto a crítica foi confirmado com a sua premiação pela Associação Paulista dos Críticos de Arte (APCA), em 2005. Além disso, o show de lançamento do CD ficou entre os melhores do ano na lista do jornal O Globo.





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