Marcelo D2 – IBORU
Lançamento
2023
2020
Assim Tocas os MEUS TAMBORES, novo disco de Marcelo D2, tem um paralelo bem interessante com o livro “Slumberland“. Nele, Ferguson Sowell (DJ Darky) cria um beat complexo que impressiona todos os beatmakers do seu grupo. Algumas propostas de compra chegam, mas a intenção é deixá-lo perfeito. Para isso, ele vai à Alemanha tentar encontrar um lendário jazzista, Charles Stone (Schwa) – que pode não estar vivo. Só com a ajuda dele, o DJ Darky conseguirá aperfeiçoar sua batida. Nessa jornada, ele se torna um sommelier de jukebox num bar voltado aos amantes de jazz. E então, é ali que a magia acontece. Então, o que o romance do Paul Beatty tem a ver com Assim Tocam os MEUS TAMBORES? Quase tudo! Não sei se D2 leu a história em algum momento, mas há uma conexão na busca de Ferguson e o processo de produção que o rapper escolheu. Por conta do isolamento social, o MC carioca decidiu fazer um projeto para falar do momento caótico que o mundo vive. Essa também foi a forma que ele encontrou para se “isolar” dos haters, principalmente após as críticas (no Twitter) direcionadas ao atual presidente e ao governador de São Paulo. O lugar de refúgio foi o Twitch, plataforma de streaming de vídeo ao vivo. Lá, Marcelo Peixoto se reuniu com o seu público (quem estava afim de se envolver) e em tempo real chamou beatmakers, produtores, rappers, um historiador, poetas e cantores para colaborar no álbum… Continue Lendo no PerRaps
Fonte: hominiscanidae.org

2023

2018
Marcelo D2 nasceu em 5 de novembro de 1967, na zona norte do Rio de Janeiro. Carioca da gema quente dos bairros dos vales da cidade, escondido dos cartões postais e longe das calçadas ricas da beira-mar. Moleque ativo criado entre o morro e o asfalto do Andaraí, transitando na linha fina que separa um garoto de cair na marginalidade.
Trabalhando e se virando desde os 13 anos, D2 é um daqueles casos de menino que nasce com uma estrela latejante de talento e “sagacidade”. Foi porteiro, camelô, faxineiro, entregador de jornais, vendedor de móveis, office boy. Vivia onde podia, como podia e ia levando. Todo sinal de fracasso revertido em sucesso em dobro.
Sair de casa cedo o manteve circulando. Seus amigos de infância que ficaram no mesmo bairro acabaram sendo consumidos pelo tráfico de drogas e pouco a pouco D2 perdeu grandes amigos em confrontos armados. Serviu ao exército e logo após foi morar com sua namorada, aos 19 anos.
As convivências diversas que teve durante os anos de adolescência e juventude frutificaram numa ampla influência de ritmos e estilos musicais, que mais tarde tornaram-se evidentes em suas músicas.
O Planet Hemp teve seu embriäo plantado nas ruas do Catete, no encontro casual entre D2 e Skunk no início dos anos 90. D2 usava uma camiseta do Dead Kennedys que foi a responsável pelo início da conversa entre os dois. Skate, punk rock, underground, maconha e atitude, muita atitude. O nome da banda foi tirado da revista americana High Times, especializada em cannabicultura. Mais tarde, se juntaram a Skunk e D2, Rafael (guitarra), Formigäo (baixo) e Bacalhau (bateria). Com a morte de Skunk, D2 näo quis encerrar a banda chamou companheiros seus das noites e shows cariocas para dividir os vocais e entraram na banda Black Alien e B Negäo. O começo oficial da banda foi em 1994. E em 1995 lançaram o primeiro disco, “Usuário” que sozinho vendeu mais de meio milhäo de discos. Os álbuns seguintes “Os Cäes ladram mas a Caravana näo Pára” (1997), “A invasäo do Sagaz Homem Fumaça” (2000) e “MTV Ao Vivo Planer Hemp” (2001) receberam o título de disco de platina e juntos venderam quase dois milhões de cópias.
Planet Hemp teve uma carreira sólida e bombástica e eles se apresentaram para platéias de todo o Brasil e ainda passaram pela Europa, Japäo e Estados Unidos. Como um dos líderes e fundadores da banda, D2 inaugurou no país um rock contestador, pesado e rico em influências, que terminou de vez com o rock comportado dos anos 80 e atualizou o país no cenário internacional.
Com o término da banda, D2 sentiu que era hora de buscar seu caminho em busca de seu próprio som. Ele já havia dado seus primeiros passos nessa direçäo com o lançamento de seu primeiro disco solo, “Eu Tiro É Onda” (1998). No disco ele colocou letras que falam sobre sua experiência de vida sobre uma cama musical essencialmente de hip hop, mas com um tempero de samba e malandragem. O sucesso do disco imediato e as vendagens ultrapassaram 150 mil cópias.
Em 2004 ele pegou suas próprias músicas e desconstruiu beat e batucada e colocou uma banda de 23 músicos no palco. Uma orquestra para “desplugar” o hip hop, que por ter nascido “plugado” em pickups e samples foi reinventado ao renascer nas idéias de D2. Ele lançou entäo o Acústico MTV Marcelo D2, com uma coletânea de seus sucessos dos discos anteriores em versões acústicas.
Ao vivo e com muita percussäo e uma banda afinada, D2 deu uma sonoridade ainda mais contagiante para suas músicas. A banda saiu em turnê e nas andanças pelo mundo e pelo Brasil D2 foi reunindo o material para seu mais recente lançamento.
Seu terceiro disco solo é “Meu Samba é Assim”. Nele, D2 traz música com a sua cara nas 15 faixas inéditas. Durante meses, D2 recebeu uma quantidade enorme de bases de diferentes DJs de todo o país que se transformaram em seu disco mais elaborado, com sua mistura característica de samba e hip hop com a elegância do malandro e a sagacidade do mano. Nele participam estrelas de ambos os mundos que ele transita como Zeca Pagodinho, Alcione e Arlindo Cruz do Samba e Charli Tuna e Marechal do Rap. O disco foi lançado em Maio de 2006 e desde sua finalizaçäo em janeiro a expectativa da crítica e dos fäs já era grande. Em junho o disco já foi lançado também em Portugal e os demais países da Europa lançam o disco durante o veräo europeu.
Logo após o lançamento, D2 embarcou em uma turnê de dois meses pela Europa durante a Copa do Mundo. Essa turnê é a maior de um artista brasileiro na Europa e Estados Unidos até hoje. Nela D2 se apresentou em festivais renomados como Montreux, na Suíça, Roskilde na Dinamarca, Womex na Inglaterra e ainda se apresentou para 15 mil pessoas em Los Angeles, no tradicional Hollywood Bowl.
No exterior, é grande a procura por seus discos, principalmente em vinil. D2 se tornou uma referência para os DJs internacionais como o nome mas expressivo da vanguarda da música brasileira. Sua antropofagia cultural das filosofias do morro e do asfalto e as letras e ritmos contagiantes de sua música tem conquistado platéias por onde passa.





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2025

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