
2021
Quem acompanhou a carreira de Rodrigo Coelho, desde a virada do sĂ©culo, lĂĄ nos idos do bug do milĂȘnio, nĂŁo imaginaria que aquele ser humaninho, oriundo do Assentamento Sem Terra “Sol da manhĂŁ”, no interiorzĂŁo do Rio de Janeiro, SeropĂ©dica (Baixada Fluminense), chegaria com uma musicalidade tĂŁo forte atĂ© aqui, no cenĂĄrio apocalĂptico da era COVID-19. Dos instrumentos embalados em sacos de batata e carvĂŁo de sua primeira banda, Orelha Seca, poucos poderiam imaginar que Rodrigo continuaria tocando em frente sua verve musical. Passando por um leve upgrade de seu punk seminal via banda Olivia, em que flertava com a herança do rock americano alternativo noventista de Pixies e Weezer, aliado ao levante do indie 2000 nacional de Gram e Los Hermanos (Farpas e AlgodĂŁo, EP de 2005), Rodrigo ainda juntou os cacos da separação de seus companheiros e montou sozinho o projeto Interphone, no qual a sonoridade ensolarada e tropical deu lugar a um som mais pesado, chegando Ă s vias do stoner levemente psicodĂ©lico (Santa FĂ©, EP de 2010), mas tambĂ©m passeando por seu passado violeiro e atĂ© jovem guarda (CardioKarma, EP de 2011). Sob o avatar de Interphone, Rodrigo contava com a ajuda de programaçÔes para registrar suas mĂșsicas, o que nunca foi problema em orquestrar suas ideias e imprimir a estĂ©tica rancheira em sua obra. Contudo, com residĂȘncia fixa em St. Nazaire, França (Sim, de SeropĂ©dica direto pra França!), estabelecido e com tempo para experimentaçÔes, mergulhou numa sonoridade mais orgĂąnica e de tonalidades mais complexas. Aqui, Rodrigo tambĂ©m ataca na bateria e monta um set de gravação lo-fi extremamente simples e eficiente, o que sĂł faz aflorar tudo o que seu repertĂłrio tem de melhor, do peso Ă delicadeza com sucesso, enriquecendo o crescente catĂĄlogo da Jambre Records. Alcança registros super intimistas (AniversĂĄrio), diferente de tudo o que jĂĄ fez; ataca friamente temas e pequenos contos pesados em “Gangster Funeral” e “The Crash”, de arranjos simples e interpretação forte; voa sobre a jovem guarda tropical da Ă©poca de Olivia em “1986”, “Canção pra vocĂȘ” e na sincera “3 x 4”, esta Ășltima, a mais bela e eficiente sĂntese de tudo o que jĂĄ produziu atĂ© aqui: peso, melodia, ĂłrgĂŁos setentistas, dĂșvidas e questionamentos sinceros sob um refrĂŁo chiclete. O primeiro registro da Made in Mars ainda traz momentos mais contemplativos e levemente experimentais em “VocĂȘ e eu” e uma nova roupagem para “Monte Carlo” (Interphone), aqui numa versĂŁo rocker, com “Assim tambĂ©m”…         Â
Fonte: hominiscanidae.org





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