
(Ou vá em ouça)
Um monte de símbolos quebrados numa cidade em que os barulhos criam uma imagem, embora a existência concreta do que a imagem simboliza seja incerta. Começando com o título: pode-se imaginar uma cabeça transitando por uma cidade e apreendendo apenas esboços de sons e histórias, imagens e pessoas, animais e automóveis. Apesar de ser enraizado no livre-improviso, “Cabeça De Cidade” passa a impressão de uma contínua adaptação aos (des)ajustes da cidade. Invoca uma ausência de continuidade, um fluxo em que a buzina dum ônibus termina como uma sirene policial, em que uma nota do vibrafone termina com uma sobreposição de distorções de guitarras. O grupo sonoriza um constante movimento de retração na própria organização formal pra ecoar, com mais fidelidade, as bizarrices urbanas da forma que elas merecem.“Cabeça De Cidade” é provocado pela invocação de sons no próprio instante em que eles estão transformando-se em outro som. Muitos timbres familiares passam a ecoar de outro modo, fazendo do disco um processo de familiarização com a contínua transformação de que se é refém. Mas não é uma fácil digestão, há de se estar preparado pra uma dança que pode até sinalizar alguma coreografia, mas que esta é abruptamente encerrada antes mesmo da segunda nota. A obsessão de “Cabeça De Cidade” é transitar pelo mesmo terreno das mais variadas formas possíveis, traçando um ciclo com diferentes contornos, conjurando uma cidade verdadeira justamente porque tem todos os sons misturados e cruzados, formando uma espécie de sinfonia inversa do movimento urbano… VIA
Fonte: hominiscanidae.org





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