Caetano Veloso – Transa 50 anos (ao vivo, Rio de Janeiro, 13.08.2023)…
Lançamento
2023
1972
Info: Last-Fm+WikiQuando voltou do refĂșgio na Inglaterra Jards propĂŽs a guilherme araĂșjo a gravação de um lp solo, e o resultado foi jards macalĂ©, lançado pela philips em 1972, um disco-relato de sua constante busca, de sua curiosidade natural, um registro de suas composiçÔes entre 1969/1971. Esse 1Âș LP apresenta mĂșsicas de seus principais parceiros (capinam, waly, torquato), que continuariam presentes nos discos seguintes. teve produção simples, econĂŽmica, com lanny no violĂŁo e contrabaixo e tutti moreno na bateria. Considerado um dos melhores do ano pela crĂtica, jards macalĂ© logo virou preciosidade, pois foi retirado de catĂĄlogo. Nele predomina um clima triste, onde passam blues, samba-canção, rock e mesmo algo de bolero. MacalĂ© canta seccionando as palavras de tal forma que adquirem a dimensĂŁo do inusitado….         Â
Fonte: hominiscanidae.org


2023

2019

2013
Cantor, violonista, compositor, arranjador e ator, o carioca Jards Anet da Silva viveu desde cedo em meio Ă mĂșsica, seja ouvindo, tocando ou estudando, chegando a trabalhar como copista do maestro Severino AraĂșjo. No futebol, porĂ©m, era uma negação: ganhou dos amigos de pelada o apelido de MacalĂ© em “homenagem” ao pior jogador do Botafogo da Ă©poca.
Amigo dos mĂșsicos baianos, em 1966 dirigiu um show de Maria BethĂąnia. Acompanhou de perto o Tropicalismo e, em 1969, entrou sob vaias no IV Festival Internacional da Canção, numa teatral apresentação do rock “Gotham City”. Em 1970, MacalĂ© foi a Londres a convite de caetano veloso para produzir “transa”,Jards nĂŁo sĂł produziu como formou a banda e fez os arranjos dessa obra prima de exĂlio de caetano veloso.lamentavelmente jards nĂŁo foi creditado no encarte do lp gerando um desconforto de caetano e a mĂĄgoa de jards macalĂ©.nesse tempo suas mĂșsicas foram gravadas por Gal Costa (“Hotel das Estrelas”, “Vapor Barato”), Maria BethĂąnia (“Anjo Exterminado” e “Movimento dos Barcos”) e Clara Nunes (“O Mais-Que-Perfeito”), resolveu fazer, na volta para o Brasil, seu primeiro LP solo, “Jards MacalĂ©” (1972). No ano seguinte, gravou ao vivo, com vĂĄrios artistas, o “Banquete dos Mendigos”, disco duplo para comemorar o 25Âș aniversĂĄrio da Declaração Universal dos Direitos Humanos.
Censurado, o ĂĄlbum sĂł saiu anos mais tarde. Em 1974, MacalĂ© lançou o LP “Aprender a Nadar”, apresentando a linha de morbeza (morbidez + beleza) romĂąntica do parceiro Waly SalomĂŁo. Num dos vĂĄrios lances de irreverĂȘncia de sua carreira, alugou uma das barcas da Cantareira para fazer o lançamento do disco e terminou o show jogando-se no mar. Em 1987, lançou o LP “Quatro Batutas e um Curinga” e curtiu um hiato fonogrĂĄfico de 11 anos, rompido por “O Q Faço Ă MĂșsica”. Nesse meio tempo, seu trabalho veio sendo reconhecido tanto pelos jovens mĂșsicos (“Gotham City” foi regravada pelo Camisa de VĂȘnus e “Vapor Barato” pelo Rappa) quanto pelos veteranos (Moreira da Silva, rei do samba de breque, passou-lhe o chapĂ©u).
em sinal de respeito, ao ver no mĂșsico um herdeiro de seu humor e de seus breques. NĂŁo foi por acaso, tambĂ©m, que as novas geraçÔes procuram nele um exemplo de independĂȘncia e originalidade, duas de suas maiores virtudes como artista.
Quando, em 1969, Jards MacalĂ© subiu ao palco do MaracanĂŁzinho, no IV Festival Internacional da Canção, para cantar âGotham Cityâ, subvertendo a ordem musical, cĂȘnica e comportamental no seu limite, ele fez um happening, tĂŁo em voga na Ă©poca, sem precedentes. Misturou cinema, histĂłria em quadrinhos, teatro, mĂșsica, artes plĂĄsticas e poesia. O que muita gente nĂŁo compreendeu Ă© que MacalĂ© estava sendo mais MacalĂ© que nunca.
Aluno do maestro Guerra-Peixe, Jards substituiu o violonista Roberto Nascimento no mĂtico show âOpiniĂŁoâ, em 1965. Em pouco tempo se tornou arranjador e mĂșsico dos baianos Caetano Veloso, Gal Costa e Maria BethĂąnia. Pouco tempo depois, jĂĄ em seu exĂlio londrino, Caetano solicitou sua presença para produzir fazer a direção musical arranjar e tocar em seu disco âTransaâ, um marco de sua carreira. Antes disso, em 1969, MacalĂ© jĂĄ tinha lançado seu primeiro compacto duplo âSĂł Mortoâ, um disco impactante com cançÔes ousadas como a mĂșsica-tĂtulo, alĂ©m de âSem essaâ, âSoluçosâ e âO crimeâ.
Mas a vida de mĂșsico profissional nĂŁo era suficiente para seus mĂșltiplos talentos, para sua inquietude artĂstica. Por conta disso sempre teve um canal aberto para as diferentes formas de arte. Do amigo Helio Oiticica ganhou o penetrĂĄvel âMacalĂ©iaâ; Nelson Pereira dos Santos o transformou em ator em âAmuleto de Ogumâ, e Jards ainda fez a esmerada trilha sonora do filme; jĂĄ o poeta Waly SalomĂŁo tornou-se seu grande parceiro em obras-primas como âVapor baratoâ, âMal secretoâ, âAnjo Exterminadoâ. Outros parceiros como Capinam (âMovimento dos barcosâ), Torquato Neto (âLetâs play thatâ) e Duda Machado (âHotel das estrelasâ) reforçam a versatilidade do compositor.
Macao realizou, em 1973, o show âBanquete dos mendigosâ, ao lado de artistas como Raul Seixas, Paulinho da Viola, Chico Buarque e outros. Aproveitando-se das comemoraçÔes do 25Âș aniversĂĄrio da Declaração Universal dos Direitos Humanos, ele reuniu seus pares para tambĂ©m protestar contra a ditadura militar. Entre cada canção, um dos artigos da carta era lido. O show virou disco, que foi censurado e sĂł saiu anos mais tarde em LP, sem nunca ter sido relançado. SĂł em 2015, o selo Discobertas lançou no mercado, uma caixa com trĂȘs CDs contendo a obra completa.
A obra de Jards MacalĂ©, alĂ©m das suas originalĂssimas interpretaçÔes, ganhou cores nas vozes de uma infinidade de artistas como Nara LeĂŁo, Elizeth Cardoso, Maria BethĂąnia, Adriana Calcanhoto, Frejat, Luiz Melodia e outros.
AlĂ©m do relançamento em vinil, em 2012, de seu primeiro ĂĄlbum âJards MacalĂ©â, de 1972, em 2016 foi lançado uma caixa com quatro de seus primeiros discos pelo selo Discobertas – o jĂĄ citado âJards MacalĂ©â (1972) e âAprender a nadarâ (1974), alĂ©m de duas compilaçÔes de fonogramas raros e inĂ©ditos. Em 2015, o artista tambĂ©m gravou seu primeiro DVD ao vivo, dirigido pela cineasta Rejane Zilles, no Theatro SĂŁo Pedro, em Porto Alegre. A obra teve a participação de Luiz Melodia, Zeca Baleiro, entre outros. O registro apresenta MacalĂ© com sua vigorosa banda, formada por seis jovens mĂșsicos: Anderson Ferraz (trompete), Thiago Queiroz (sax e flautas), Victor Gottardi (guitarra), Ricardo Rito (teclados), Thomas Harres (bateria e percussĂŁo) e Pedro Dantas (contrabaixo).
Jards tambĂ©m teve sua vida e obra retratada nos filmes âJards MacalĂ© – Um morcego na porta principalâ, de JoĂŁo Pimentel e Marco Abujamra, de 2008, e âJardsâ, de Eryk Rocha, de 2012, ambos premiados no Festival do Rio, alĂ©m do curta âTira os Ăłculos e recolhe o homemâ, de AndrĂ© Sampaio.
Recentemente, MacalĂ© atuou em âBig jatoâ, de Claudio Assis, e compĂŽs tambĂ©m a mĂșsica que encerra o filme, em parceria com o DJ Dolores.
Release do Site Jards Macalé





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