Guizado – O Multiverso Em Colapso
Lançamento
2018
2015
Ser brasileiro é ser uma mistura. Somos uma nação que vem da junção de uma dúzia de outras e isso reflete muito em nossa cultura, principalmente na música. Desde a mistura de Maracatu com Rock de Nação Zumbi até o complexo e provocante universo das composições de Os Mutantes, o universo da música brasileira cada vez mais se amplia e, portanto, é cada vez menos previsível os rumos e sonoridades que escutaremos daqui a dez, cinco ou, até mesmo, um ano. É no meio dessas ramificações e criações de novos subgêneros que encontramos O Voo Do Dragão, uma obra que resume o significado de “surpreendente”. Liderado pelo trompetista Guilherme Mendonça, Guizado desconhece a limitação de gênero e explora nas oito faixas sonoridades que permeiam uma área comum de Jazz, Hip Hop, Experimental e World Music. Esse último se aproxima bastante da música japonesa, mas de uma forma nem um pouco estereotipada e bastante profunda. O registro não funciona como um grupo de apenas oito composições, mas como uma espécie de coleção de sentimentos instrumentados, na qual Guilherme imprime um pouco de si ao mesmo tempo que dá liberdade para as faixas caminharem de acordo com a vontade própria que parecem ter criado por si… Leia Mais
Fonte: hominiscanidae.org

2018

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2013

2010
Caleidoscópio da Babilônia.
Aperte o play e feche os olhos: slides da paisagem urbana serão projetados em sua mente em um caleidoscópio de signos e aromas da cidade e a audição desvendará as nuances musicais de cada código, abstrato ou não, do cotidiano paulistano – o caos térmico e a poesia de concreto, um grafitti no muro de qualquer esquina, o cheiro da chuva no paralelepípedo ou do café expresso tirado agorinha mesmo, a cervejinha gelada em copo americano, a textura da poluição que tinge o horizonte azul… A música do Guizado tem esse efeito cinematográfico e seu primeiro disco, “Punx”, soa totalmente embriagado da aura sonora de São Paulo. A partir de uma engrenagem rítmica cheia de ruídos eletrônicos, a usina de timbres faz o pano de fundo para frases de um trumpete quase sempre inquieto, que berra para se fazer ouvir em meio à solidão coletiva da metrópole.
O projeto tem à frente Gui Mendonça – trumpetista que acompanha ou já acompanhou Curumin, DonaZica, Lucas Santtana e o recém-formado Trio Esmeril. No Guizado, o músico busca (e acha) seu próprio carimbo, em uma mistura das tintas harmônicas de seu instrumento com as texturas encontradas nos experimentos com toda uma parafernália eletrônica. Se por um lado boa parte das batidas é tirada de sintetizadores analógicos e gameboy, o processo de gravação de “Punx” foi todo com fita de rolo e a combinação inteligente das atmosferas futurista e retrô confere solidez ao trabalho. O trumpete também passou por alguns filtros e os overdubs criam climas mais congestionados, em colisões harmônicas das quais nenhum ouvinte sai ferido, porém todos saem atordoados. No jeito de tocar, a referência de Miles Davis não passa desapercebida – muito mais por conta do espírito transgressor do que por um pretenso virtuosismo, diga-se.
Mas o Guizado não é jazz. Nem tampouco é rock ou hip hop – é, sim, uma colagem original de tudo isso e mais um pouco. Embora empurrado por um pulso quase robótico de tão eletrônico, o ritmo é sempre guiado pelo transe da ancestralidade afro.
Além do motor criativo de Gui Mendonça, o Guizado tem outras peças fundamentais. Curumin é o baterista na maioria das faixas; em quatro delas, quem empunha as baquetas é o incansável Maurício Takara (Hurtmold, Trio Esmeril, etc…); na seção rítmica, há ainda a participação do percussionista Maurício Alves (da pernambucana Mestre Ambrósio) em duas músicas; Régis Damasceno e Ryan Batista, guitarrista e baixista da banda cearense Cidadão Instigado, completam a maquinaria.
Com essa formação, a banda preenche as frestas abertas na combinação de sopros com as batidas digitais e nos oferece uma intrigante escultura de sucata sonora. É a trilha que faltava para decifrar de uma vez a alma da babel / babilônia.
Ramiro Zwetsch
Setembro / 2007





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