Uma sociedade conservadora como o estado do Rio de Janeiro produz um duo como o Disstantes. Como? É simples. Basta pensar na repressão que se abate sobre um estado que já foi progressista, que já teve a capital do país e que, de três décadas para cá, caiu nas mãos de um grupo político que se espalhou para todos os setores da existência, da política e da sociedade, passando pela economia. Os impulsos progressistas do velho Rio de se sua capitalidade – uma espécie de vocação vanguardista natural que a cidade do Rio tinha e que se perdeu – geram respostas a esta repressão evangélica, econômica e comportamental. Disstantes é uma manifestação de limites, um grito de “chega, porra, tem muita coisa errada!”, algo assim. E quem dá esse recado são duas figuras carimbadas da cena carioca/fluminense de música alternativa: Marco Homobono e Gilbert T. Como dupla, os caras lançaram “Apocalipto”, seu primeiro trabalho que cumpre a função de radiografar as agruras urbanas sob o ponto de vista musical e comportamental, com um resultado mais que necessário… Continue Lendo no Célula Pop
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