ruĂnas – orfĂŁos
Lançamento
2020
2017
A cena de mĂșsica de ruĂdo/mĂșsica experimental do Rio de Janeiro talvez tenha parido seus mais bem-sucedidos (se Ă© que se pode utilizar desse termo quando falamos de noise) rebentos nos Ășltimos anos: Cadu TenĂłrio (e suas diversas parcerias); a estĂ©tica mĂstica de Bella; God Pussy, Chinese Cookie Poets e seus companheiros de QTV. A mais recente e ativa dessas figuras talvez seja CĂĄssio Figueiredo, fluminense de Volta Redonda que encontra sua sonoridade nas gravaçÔes de campo e drones.CĂĄssio vĂȘm lançando discos de forma independente desde 2014 â o Ășltimo deles, ao menos atĂ© o momento, foi Presença, lançado no inĂcio de 2016 e elaborado com o auxĂlio do veterano Cadu. O disco marcou uma mudança na perspectiva do artista sobre sua prĂłpria mĂșsica e foi a porta de abertura para que o prĂłximo lançamento de CĂĄssio, Expurgo (2016), trabalhasse com uma maior “musicalidade” (nos sentidos convencionais do termo, por assim dizer) e fosse lançado digitalmente pela Seminal Records. JĂĄ em 2017, ele abriu o ano com Trilha prum possĂvel curta, sob a alcunha Batismo, cuja proposta era estar “a serviço de possĂveis e futuros projetos audiovisuais”. O lançamento, mesmo que composto apenas de trĂȘs breves demos, explicitou um pouco mais da sonoridade ora atmosfĂ©rica, ora ruidosa e sempre lentamente construĂda por CĂĄssio. Esta atinge mais altos patamares, porĂ©m, em Lembrando aspectos mortos… VIA         Â
Fonte: hominiscanidae.org

2020

2020

2018

2017
www.cassiofigueiredo.bandcamp.com
EP Sujeito:
A busca pela construção de um eu lĂrico sedento por identidade e por uma delimitação frĂĄgil o suficiente para admitir a ocorrĂȘncia de posteriores alteraçÔes.
Vejo o projeto como uma exposição do exercĂcio reflexivo de um autor puramente empĂrico. Sem grandes pretensĂ”es, a minha intenção foi justamente a criação de uma obra relativamente nĂŁo-convencional que expusesse da maneira mais egoĂsta (aqui no melhor sentido da palavra, se Ă© que existe) o que provĂ©m de mim, das minhas experiĂȘncias e impressĂ”es.
Longe de ser a Ășnica leitura vĂĄlida e que pĂ”e fim e limite ao EP, Ă© antes apenas uma das vĂĄrias que podem o preencher de significado, ou paradoxalmente o despir do mesmo, visto que Ă© tĂŁo Ăntimo que pode chegar a nĂŁo apresentar mesmo signo nenhum.
“Sujeito” Ă© uma exaltação ao modo corrente de percepção de si enquanto indivĂduo.
Enquanto indivĂduo que ama, que sofre, que vive, que percebe, que conhece, que sente, e que pensa.
E ao mesmo tempo que não estå livre das amarras das suas próprias paixÔes, desejos, afetos, relaçÔes e ideias.
Pois estĂĄ e Ă© sujeito.
A si, e a todas essas coisas.





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