
2015
Amarela, em tons de ouro, Ă© a luz do fim de tarde. Luz tenra, que delineia formas e volumes com mĂŁos delicadas, revelando cores e matizes quentes, texturas afetivas. Ă nesse amarelo que penso quando ouço o ĂĄlbum de Bruno Cosentino, que traz como tĂtulo o nome da mesma cor. Amarelo entrevisto de âaltas varandasâ, como nos versos de Duas pĂ©talas. Cada canção Ă© um ambiente a ser iluminado pela voz de Bruno, com sua qualidade branda diluindo suavemente os contrastes. Seu canto macio amortece o impacto de cada palavra cantada, cercando-a numa teia de cuidado. As baladas que embalam o ĂĄlbum sĂŁo como fotografias que trazem uma ambiĂȘncia levemente esfumaçada. A sensação Ă© de que estamos num ambiente interior, protegido, que se comunica com o exterior nĂŁo de modo direto, mas por membranas â membranas que filtram o que vem de fora. Em tal atmosfera de acolhimento, os afetos sutis saltam ao primeiro plano. Os acontecimentos mais banais ganham relevĂąncia: o silĂȘncio contrariado do amante (âCheio de si…lĂȘncio-gritoâ) resvala em profundos questionamentos afetivos (âQual de nĂłs amou e foi amado? / Sentiu deus num ĂĄtimo?â); o singelo amarelo do umbigo flerta com a dimensĂŁo da eternidade; lĂĄbios transformam-se em pĂ©talas vermelhas que vagueiam pela noite de SĂŁo Paulo; as doces obrigaçÔes do amor escorrem nas ĂĄguas da BaĂa da Guanabara, ou na transpiração do sexo, na lembrança de que âpodemos morrer pela cinturaâ… Leia Mais         Â
Fonte: hominiscanidae.org





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