Tagore – Barra de Jangada
Lançamento
2024
O ĂĄlbum de estreia de Tagore Ă© tambĂ©m o primogĂȘnito da produtora Pilha Sonora. O que mais chama atenção no som de Tagore Ă© o talento para a composição: sĂŁo cançÔes com melodias assobiĂĄveis, de fĂĄcil digestĂŁo, algumas das quais parecem atĂ© ter nascido de um solfejo â o que o coloca na escola dos compositores que nĂŁo perdem a mĂŁo na dosagem de simplicidade e elaboração. A composição encontrou par no amigo e mĂșsico multinstrumentista JoĂŁo Cavalcanti, sob cujos cuidados ficaram os arranjos e a mixagem de todas as mĂșsicas do ĂĄlbum â alĂ©m da composição das faixas instrumentais â, num trabalho que, vale a comparação, se assemelha, em proporçÔes pequenas, claro, ao desenvolvido por RogĂ©rio Duprat, na TropicĂĄlia e o por George Martin, com os Beatles. As gravaçÔes foram realizadas em um estĂșdio montado num sĂtio em Aldeia, bairro serrano de Recife, ao longo de duas semanas â durante as quais os mĂșsicos receberam visitas de amigos que colaboraram na gravação de alguns instrumentos. SĂŁo, ao todo, nove faixas que passeiam entre o Expresso 2222, de Gilberto Gil, Raul Seixas, Moacir Santos, The Kinks, Beatles e as guitarras fuzz do Udigrudi, cena musical pernambucana dos anos 70 que reuniu gente como Ave Sangria, Alceu Valença e Lula CĂŽrtes â e que nĂŁo nos permite esquecer que existe mĂșsica pernambucana antes do manguebeat. Uma das mĂșsicas do trabalho â em gravação anterior a aqui lançada â, Crença, foi selecionada para a participar da coletĂąnea Recife Lo-Fi, organizada por Zeca Viana (Volver) e lançada pela TramaVirtual.







