Ugo Barra Limpa, D Mingus – Frevos Trevosos
Lançamento
2023
Olinda, 1993 – enquanto pipocavam bandas vinculadas ao “mangue bit” – e o grunge era a bola da vez -, D Mingus ganha um violão, com o qual passa a compor suas primeiras células musicais (até então resumidas a pequenas manipulações sonoras feitas com k7s e vinis). É assim que, instintivamente, começa a desenvolver o processo lo-fi de gravação e composição que o acompanha até os dias de hoje:
o ping-pong – ou monodeck. Corte para dez anos depois:
Recife, 2003 – D Mingus resolve levar em conta o conselho dado por um amigo cineasta após escutar uma das suas gravações feitas num microsystem de dois decks, e decide divulgar seus experimentos sem tirar nem pôr, usando a estética lo-fi ao seu favor. Assim, após digitalizar algumas de suas fitas k7s, resolve criar uma página no Tramavirtual, colocando pra download as músicas de seu primeiro EP (Fundamentações Ontológicas da Vida), que logo ganha o tal “selo de destaque” dado pelo site a artistas julgados relevantes.
Nessa mesma época, D Mingus começa a fazer jams com amigos, onde são inseridos alguns desses temas compostos no aconchego de seu lar. Daí surge o Monodecks, banda na qual atua até hoje e que teve seu nome-homenagem a tal processo de gravação. Apesar da utilização de gravações one-man-band para divulgar a Monodecks quando esta não possuía qualquer registro sonoro (como a utilizada no videoclipe abaixo), D Mingus resolve manter os dois projetos em separado, visto que seu espectro solo pode assumir qualquer forma – de canções pop assobiáveis a experimentos sonoros rudimentares.
Atualmente o D Mingus está no processo de gravação de seu primeiro disco solo oficial e planeja incursões menos autistas, auxiliado por uma banda.







