Ian e Chankas – Casual Meetings
Lançamento
2017
Fernando Cappi é conhecido pelo seu trabalho em conjunto com seus amigos e companheiros da banda paulistana de música instrumental Hurtmold. Alem de sempre estar presente nos projetos solos dos outros hurtmolders como o Bodes & Elefantes do Guilherme Granado, o novo projeto MDM encabeçado pelo Mário Cappi, irmão dele e o disco com o M.Takara. A Hurtmold ficou popular nos últimos anos por acompanhar o eterno Hermano Marcelo Camelo na tour do seu primeiro disco solo, alem de participar das gravações do mesmo. Mas o objetivo aqui é falar de mais um projeto hurtmolder e tentar desvendar algumas dúvidas sobre o mesmo. Neste caso em questão estamos falando do “Chankas”, trabalho solo do Fernando. Descobri que Chankas também é o nome de uma civilização e um grupo étnico do Peru contemporâneo aos Incas.
O disco homônimo foi lançado no primeiro semestre de 2010, Em meio a simplicidade do Lo-Fi e do Folk, e com um pé na MPB, Fernando utiliza elementos estéticos do eletrônico e percussão experimentando muito. Destaque pras letras e melodias, tudo parece estar no lugar. Trata-se de uma obra ao acaso feita sem pressa e desenvolvida pelo próprio Fernando e contando com participações dos outros hurtmolders e agregados, como o trompetista americano Rob Mazurek. Trata-se de um trabalho dividido em nove faixas com diversas temáticas e climas, porem percebemos uma calmaria predominante, trazido pelo som acústico feito pelo Cappi com seu violão. Mostra um lado mais orgânico do músico normalmente caracterizado pelas guitarras bem trabalhadas da banda Hurtmold. Aqui deixou vocês com as palavras da Yasmin Muller da Rádio UFscar “Fernando parece querer exercitar seu lado mais orgânico, mais simples e calmo. Nos remete bastante a um universo bucólico, rural, mas até intelectualizado em suas experimentações e sensações beirando o incomum – embora mantendo uma familiaridade. Esse “incomum” tem um tom xamânico e ritualístico, tocando no âmbito mais humano do espiritual. Vozes, tambores e cordas. Só. Até ouvimos o movimento das pernas das pessoas, girando em torno da banda – ou da fogueira?”







