Anjo Gabriel

O Anjo Gabriel representa uma experiência viva nos anos 70. Os caras passeiam pelo psicodélico, progressivo, jazz, fusion e R.I.O, com nítidas influências do Krautrock alemão (Faust, Amon Düül). A experimentalidade exala a Can, e as linha psicodélicas lembram o Gong. As guitarras passeam pelo rock clássico como se Grand Funk Railroad, John McLaughlin, e Pink Floyd estivessem tocando juntos. As linhas de teclado e synth são discípulas de Rick Wakeman e Klaus Shulze. Pra segurar a onda, o batera com certeza bebeu muito de Terry Bozzio (Frank Zappa), e esbanja versatilidade. Já o baixo aposta em revolucionar a la Jaco Pastorious.

Porém, um ingrediente torna a banda algo único de se ouvir: O improviso. Assim a gente sente quando escuta o trabalho intitulado “O culto secreto do Anjo Gabriel”, que será brevemente lançado em vinil, como primeiro trampo da banda. E a gente confirma esse sentimento quando vê o show, onde os caras executam as faixas do disco de uma forma livre e flexível, num espetáculo impregnado de incerteza.

O melhor é que isso tudo é Pernambuco. É Nordeste. E é Brasil. Mostrando a qualidade e versatilidade dos nossos músicos.

Conseguiu ler até aqui ou já saiu correndo pra escutar?