Amnese – As cores distorcem o escuro, as sombras tomam o meu lugar
Lançamento
2019
Amnese Ă© o pseudĂŽnimo adotado pelo violonista, compositor e cantor Nelson Barreto para nomear sua banda fictĂcia criada em 2003. Sob a alcunha de âAmneseâ lançou trĂȘs ĂĄlbuns e um Ep, sendo revelado apenas em seu trabalho mais recente, âSofia e a curva do cĂ©uâ, que Amnese como banda nĂŁo existia. Em todos os trabalhos anteriores, o trabalho de composição, gravação e execução das cançÔes havia sido dividido com outras cinco pessoas que nunca existiram.
Amnese faz mĂșsica experimental com o emprego de instrumentos acĂșsticos de forma nĂŁo usual na tentativa de mesclar diversas influĂȘncias de rock alternativo, lo-fi, rock progressivo e pĂłs-rock.
Como Amnese, Nelson Barreto gravou trĂȘs ĂĄlbuns, âSongs for Rainy Daysâ, âApatheiaâ e o mais recente e primeiro em portuguĂȘs, âSofia e a curva do cĂ©uâ, alĂ©m de um Ep instrumental chamado “Zumbis”, composto por quatro temas escritos para o filme independente “Zumbis do Espaço de LĂĄ”.
A atividade da Amnese começou em 2003 com a gravação do ĂĄlbum âSongs for Rainy Daysâ, lançado apenas em 2004, jĂĄ sob a alcunha de Amnese, juntamente com os integrantes fictĂcios da banda.
Posteriormente, em 2005, este ĂĄlbum foi lançado em tiragem limitada, jĂĄ esgotada, na ItĂĄlia pelo selo independente Coldcurrent. Hoje, o ĂĄlbum, que possui uma gravação completamente lo-fi cheia de ruĂdos foi remasterizado, ganhando duas faixas bĂŽnus, todavia, tal versĂŁo ainda nĂŁo foi lançada.
Em 2006, foi lançado “Apatheia”, primeiro ĂĄlbum conceitual da Amnese, o qual narra a histĂłria verĂdica de um rapaz, prĂłximo ao mĂșsico, que cometeu suicĂdio no verĂŁo de 2001. Muito mais experimental que o anterior e com uma atmosfera mais cavernosa, “Apatheia” alcançou um pequeno sucesso, porĂ©m, terminou sendo recusado pelo selo italiano por ser “esquisito demais”.
Em 2007, iniciaram-se as gravaçÔes do sucessor de “Apatheia”, focando-se muito mais em cançÔes instrumentais, diminuindo-se cada vez mais o uso dos vocais. As gravaçÔes foram interrompidas para a composição e gravação de “Zumbis”, apĂłs o convite para participar da trilha do filme “Zumbis do Espaço de LĂĄ”.
Em 2008 Ă© lançado o terceiro ĂĄlbum apĂłs grande expectativa criada com a divulgação da canção âO dia em que resolvi sumirâ. O tĂtulo do ĂĄlbum Ă© “Sofia e a curva do cĂ©u”. Primeiro ĂĄlbum em portuguĂȘs da Amnese e, novamente, um ĂĄlbum conceitual, desta vez baseado na literatura de Friedrich Nietzsche, o qual narra da histĂłria do “EgoĂsta” que apĂłs fugir do mundo, busca entendĂȘ-lo no alto da âCurva do cĂ©uâ.
Junto com o lançamento do terceiro ĂĄlbum, Amnese desmentiu a histĂłria da existĂȘncia da banda e assumiu a criação de todo o trabalho musical, revelando que os outros integrantes da Amnese sequer existiam. . Os integrantes criados pelo mĂșsico eram AndrĂ© Torres, Matheus Torres, Daniel Vasari, Ăcaro Lessing e Pedro Antero, cada um com funçÔes definidas na banda e com caracterĂsticas prĂłprias atendendo aos clichĂȘs do rock nâ roll, conforme escreveu na carta intitulada âSofia e a farsa de Amneseâ que acompanhava o ĂĄlbum.
Assim sendo, as Ășnicas contribuiçÔes nos trabalhos da Amnese sĂŁo de Pedro âRaspadoâ Sizer, ex-baterista da âEmpty Eyesâ, que toca flauta em âApatheiaâ e âSofia e a curva do cĂ©uâ e de Renata V. a voz feminina que se escuta nas narraçÔes destes mesmos dois ĂĄlbuns.
Todos os trabalhos da Amnese foram gravados no Apt. 136, a prĂłpria residĂȘncia do mĂșsico, e os instrumentos utilizados sĂŁo apenas instrumentos acĂșsticos como violĂ”es de aço e nylon, baixo acĂșstico, viola caipira, percussĂ”es variadas, violĂ”es com arco de violino, alguns efeitos utilizados em cima das gravaçÔes desses instrumentos e ainda instrumentos caseiros criados pelo prĂłprio.
Quanto ao futuro da Amnese, segundo a carta citada, este Ă© incerto.







