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2022
(Ou vá no Bandcamp acima)
Hoje você daria algo para alguém que recebeu muito mais? Você acredita que quem não lhe dá nada tem mais o que aproveitar? O “não” e “sim” dessa perguntam configuram a liturgia do século XXI, onde o sistema de crença é materialista até você dizer “chega”… E quando você diria “chega”? Bem, quando um mundo fosse oferecido a você. O segundo album d’O Retiro dos Artistas, mais um dos gazilhões de projetos do Gabriel Guerra, tenta responder essa aventura em termos aurais, se no primeiro album do projeto, “Dimensão Surpreendente”, a ideia era configurar uma zona onde os artistas poderiam experienciar sem saber o que acontecia, ou pelo menos reagindo ao que viesse a eles, agora a aceitação vem em formato de sons: Tudo é mais moroso, mais arrastado, mais amplo no sentido mixolidio da palavra, e mais… “musical” (!?!?!?!). Se antes os artistas se revoltavam com o que aparecia e curtiam onde permaneciam, agora eles só estão de acordo com o que foi dado e tentam o melhor com o que tem. Acordes de trance são trocados por percussões de cha-cha-cha e solos de teclado, não que isso fosse raro no vocabulário de Gabriel Guerra (pelo ao contrario, eles já viraram default), mas a ideia de que um projeto que antes se permitia agora se contrai é nova para O Retiro dos Artistas.
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