2020
Ainda que pareça óbvio, “3” é, de fato, o terceiro álbum lançado pela paranaense Juliana Cortes. Em termos de inovação dentro de sua carreira, este é um novo trabalho, que aponta para novas direções. Os anteriores, “Invento” (2012) e “Gris” (2016), se mostravam muito mais próximos da música do sul do país, no sentido de que traziam em seus conteúdos as reminiscências e narrativas próximas de artistas como Vitor Ramil, que é o pioneiro de um tipo sonoro chamado “Estética do Frio”. É uma música híbrida, com tonalidades influenciadas por milongas, tangos e outros ritmos do Cone Sul, e, ainda assim, muito brasileira. Em “3”, ainda que venha produzida por Ian Ramil, outro membro da família talentosa de gaúchos musicais, Juliana abre um pouco o seu horizonte geográfico e oferece um disco mais universal, com inflexões que têm um pouco de jazz, um pouco de pop e muito da elegância própria de sua tradição como intérprete e compositora. O resultado é um disco belo, coeso e cheio de belezuras. As canções e o conceito de “3” surgiram na ponte aérea entre Curitiba e Porto Alegre. Ele é um reflexo do desafio da curitibana em experimentar vertentes musicais distintas para pensar as próprias produções, o que resultou nas colaborações com gente tão distinta como Estrela Leminski, Rodrigo Lemos – o “Lemoskine”, o próprio produtor, Ian Ramil, Zelito e Guilherme Ceron, além de Pedro Luís e o sensacional Airto Moreira. Das onze canções do álbum, três já haviam sido lançadas: “Andorinhas”, “Cores do Fogo” e “Três”. Cores do Fogo é a faixa que abre um trabalho que transita entre a world music, minimalismo e urbano, tudo com muita delicadeza e detalhes. A letra fala sobre incêndios, entre eles, o do Museu Nacional, ocorrido no Rio, há três anos… Leia mais no Célula Pop
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