Em uma canção presente em seu primeiro disco, Bia Doxum fala em vencer o tempo, e se olharmos bem e escutarmos atentamente a sua trajetória, veremos que ela tem sido bastante vitoriosa em suas batalhas ao longo do tempo. Uma artista que começou cedo sua carreira e que permanece em constante movimento, a mc e cantora paulista, lança seu segundo disco de trabalho, 4 anos após o elogiado Máquina Que Gira (2015). Com um EP lançado aos 15 aninhos de idade, Boletim da Omissão (2013), estamos diante de uma veterana de pouca idade, a artista segue em busca da melhor perspectiva musical para suas poesias e sua voz! E achou uma bastante singular… O lançamento hoje de ÀTÚNWA (2019) marca um novo ciclo de sua rica trajetória, mais uma batalha que a Bia Doxum vence em tempo, pois sabemos a dificuldade que artistas independentes possuem para produzir e lançar trabalhos de qualidade. Como mulher, preta e periférica sabemos que os problemas são ainda maiores, trabalhando dentro do registro da cultura hip hop não lhe apresenta menos obstáculos!A vida nesse sentido é feita de pequenas mortes, de ciclos transformadores fruto do constante enfrentamento crítico. Com o conceito vindo da cultura Yorubá, ÀTÚNWA significa: “Aquele ou aquela que volta novamente” e que mesmo nós que não partilhamos senão admiração à cultura da Umbanda, e com isso abandonando qualquer sentido religioso que o termo carrega, ele ainda se mantém inteiro e puro. Pois, mesmo que você não partilhe da mesma fé que a Bia, as imagens, ritmos e flows que ela apresenta, assim como a sua voz, são um banho de levante para todos… VIA
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