Hiran – Galinheiro
Lançamento
2020
Historicamente, o rap é política: desde a sua gênese, o gênero evidencia a realidade das periferias urbanas e denuncia o preconceito sofrido por seus expoentes. Mas a própria cena sempre foi — e ainda é — predominantemente heterossexual e machista. Contexto muito diferente do que é visto em outros estilos musicais (como o pop), em que a presença de artistas LGBT+ cada vez mais em ascensão. Às vésperas de uma eleição presidencial com cada vez mais discursos retrógrados inflamados, a importância da resistência hip hop contra a homofobia é ainda mais crítica. A presença de gays no rap não é inédita. Nos Estados Unidos o estilo foi apelidado de queer rap e nomes como o do Rico Dalasam foram precursores do movimento aqui no Brasil. O paulistano foi o primeiro rapper LGBT+ a chegar no mainstream (ou muito próximo dele) rimando sobre sua vivência repleta de militância e preconceito. Com isso, a cena tem se transformado e angariado outros rappers que tem como ponto comum a missão de tornar obsoletos esses estereótipos. Um deles é o baiano Hiran, de apenas 23 anos. Seu álbum de estreia Tem Mana no Rap foi lançado em março deste ano e sua segunda faixa, “Muda”, acaba de ganhar o próprio clipe… VIA
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