Re-Volt – Empírico

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Não existe professor melhor que o tempo ou escola melhor que a vida, e esses são fatos que os membros da Re-Volt sabem bem. Juntos desde 2010, os músicos acumulam alguns anos de experiência, cada um deles já tendo passado por outras bandas separadamente ou, com a Re-Volt, se apresentado em vários cantos do país – tocando em Fortaleza ao lado do Matanza, passando pelo Londrina Festival Demo Sul ou ainda fazendo shows por Belo Horizonte, Rio e São Paulo. Toda a trajetória dos membros – que incluem os irmãos Marcos Almir e Régis Daniel, respectivamente guitarrista e baixista, o vocalista Duda e o baterista Eduardo Coimbra – reflete na qualidade do primeiro registro do grupo, acertadamente batizado de Empírico. Uma estreia segura de pessoas que dominam o batente e sabem bem o que querem fazer. Ao todo, Empírico conta com apenas sete músicas e pouco menos de 30 minutos – números que colaboram para que a atenção do ouvinte, alcançada na introdução de Mais Uma Cartada, permaneça cativa até o fim de Labirinto – início e fim do disco. Não há tempo ou espaço para o desperdício. Do peso das faixas citadas à melodia radiofônica de A Tempestade ou aos violões de Velha Roupa de Dormir, ou ainda às participações especiais de nomes tarimbados como Rogério Meanda (Blitz, Cazuza, Cássia Eller) e Dado Villa-Lobos (Legião Urbana), tudo é preciso, certeiro. Gravado na conceituada Toca do Bandido e no Eme Studio e masterizado em Nova Iorque, Empírico traz a seu favor uma cozinha forte e bons timbres de guitarras, com ecos de rock noventista e riffs que remetem a bandas como Stone Temple Pilots evitando, contudo, a previsibilidade. A vida ensina. E, em Empírico, os caras da Re-Volt mostram que fizeram bem a lição de casa…

Fonte: hominiscanidae.org