2014
A ilusão da liberdade de escolha é o que une as cinco músicas deste disco, que tratam de uma mesma temática: a opressão, seja pelas mãos do chefe, do marido ou do estado. Tratam também do medo do conformismo, da falsa sensação de segurança que um contra-cheque nos trás, e o EP é a representação de uma tentativa de libertação. As mãos que tocam os instrumentos deste disco são também as mesmas que produziram a pintura da capa, que retrata o próprio músico “levantando sem acordar” para mais uma das pequenas marchas diárias que consomem a vida de tantos. As 5 músicas do EP foram gravadas e mixadas pelo próprio André em seu estúdio caseiro durante o ano de 2013 (exceto os vocais, gravados no Estúdio Tubo de Ensaio com a ajuda de Rafael Dantas e Luiz “Com Z” Ramo da banda Zonbizarro). Com influências diretas de bandas como Soundgarden, Queens of the Stone Age, Pearl Jam, Lupe de Lupe e El Efecto (entre outras), as 5 músicas buscam uma unidade temática, mesmo que sonoramente possam parecer distantes umas das outras. André “Gigopepo” Persechini é ilustrador nas horas ocupadas e músico nas vagas, mas as vezes isso se inverte. Guitarrista desde os 15 anos, se dedicou a sua banda de punk rock Cães do Cerrado desde 2007, na qual era guitarrista e vocalista. Após um disco com boa repercussão na cena independente de Belo Horizonte, vários shows e muitas dores no pescoço, os Cães pararam de tocar, mas a vontade de compor se manteve e assim surgiu o projeto solo The Reptile of Gigopepo’s Fiesta. Se soubesse que iria levar o projeto solo a sério, talvez tivesse escolhido outro nome. TRoG’sF foi um nome inventado de qualquer jeito para lançar duas músicas em 2010 no primeiro EP “Girafa do Crack”. Na época, utilizando um pequeno microfone improvisado, começou a gravar em casa. Eventualmente as composições foram ficando mais sérias e foram lançados mais 3 discos, “Maker of Macumba Sounds” (2010), “Anacronismo Lúdico da sua Mãe parte 1” (2011) e “Leo Bryan” (2012). Esses lançamentos eram apenas um hobby, uma maneira de continuar compondo nos hiatos da banda e sempre se forçar a tocar. Em fevereiro de 2012 começou um projeto intitulado “Uma Música por Semana”, em que André se propôs a compor e gravar em casa semanalmente durante um ano. O resultado dessa empreitada foram 5 discos com 10 músicas cada. Ao terminar esse projeto em 2013 começou a gravar o que viria a ser o disco “Marcha”, para o qual, contrastando com a produção desenfreada de “Uma Música por Semana”, foram gravadas e mixadas em casa 5 músicas….
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